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- Contato Brasil, 24 de novembro de 2024 23:27:17
(Recife-PE) Pelo novo levantamento do Instituto Opinião, postado abaixo, a eleição no Recife continua zerada, com um cenário envolvendo quatro candidatos competitivos. João Campos (PSB) reagiu e lidera, numericamente, mesmo estando diante dos demais candidatos numa posição de empate técnico. A notícia ruim para o socialista é que, num eventual segundo turno, não é ele o postulante mais competitivo, mas a petista Marília Arraes, que bate todos os adversários na disputa final.
Ruim também para João é manter-se na liderança no ranking da rejeição, com o dobro do percentual em relação ao segundo mais rejeitado, o democrata Mendonça Filho. Quanto aos números, João aparece com 20,1%, Marília em segundo com 17,3%, Mendonça em terceiro com 14,6% e a delegada Patrícia Domingos (Podemos) em quarto, com 12,3%. Como a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos, todos são japoneses, ninguém pode bater no peito com a certeza de que estará no segundo turno.
João tem a vantagem das duas máquinas, a do Estado e a da Prefeitura, mas a desvantagem da elevada taxa de rejeição, o que pode atrapalhar o seu projeto de suceder o padrinho Geraldo Júlio. A rejeição pode estar associada a vários fatores. Pesa, sobretudo, a fadiga de material do PSB, há muito tempo no poder. Pesa, igualmente, o fato de mais da metade da população recifense considera ruim ou péssima a gestão de Geraldo.
É possível que esses números sofram alterações nas próximas semanas, influenciados pela propaganda eleitoral no rádio e na televisão, mas uma coisa é fato: guia eleitoral, nas últimas eleições, tem influenciado pouco ou quase nada. O que pesa mais, na verdade, são as inserções de 30 segundos ao longo da programação, principalmente na televisão.
João, Marília, Mendonça e Patrícia estão no mesmo patamar, uma briga que promete muitas emoções, devolvendo ao Recife as disputas acirradas do passado. Pelo volume de campanha de rua, hoje, Mendonça tem se apresentado mais robusto e isso pesa também. Vale a ressalva de um detalhe muito importante: a soma dos brancos e nulos com os indecisos chega a incríveis 30%. Quem tiver a capacidade de atrair esse eleitorado garante vaga no segundo turno.
Rio e Belo Horizonte – O Datafolha trouxe, ontem, os primeiros números sobre a sucessão NO Rio e em Belo Horizonte. Na capital carioca quem lidera é o ex-prefeito Eduardo Paes, do DEM, com 30%, seguido do prefeito Crivella, com 14%. Ali, a candidata petista Benedita da Silva é a quarta, com apenas 8%. Já em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil, do PSD, confirma o seu amplo favoritismo. Aparece com 58% das intenções de voto contra apenas 6% do seu principal adversário, João Vitor Xavier, do Cidadania, que tem apenas 6%. Os demais adversários do prefeito pontuam abaixo dos 3%.
Largada do guia – A propaganda eleitoral no rádio e TV começa a ser veiculada a partir de hoje. Os anúncios serão divulgados em dois formatos: nos blocos de 10 minutos, que vão ao ar de segunda-feira a sábado, duas vezes ao dia, e serão usados para mostrar os candidatos que disputarão o pleito marcado para dia 15 e 29 de novembro, primeiro e segundo turnos, respectivamente. Além disso, as emissoras exibirão comerciais, de 30 segundos ou um minuto cada, que serão ao longo do dia. Para as inserções, cada emissora de rádio e televisão vai destinar 70 minutos diários. Do total do tempo de propaganda, 90% serão distribuídos proporcionalmente ao número de representantes que os partidos tenham na Câmara dos Deputados. Os 10% restantes serão distribuídos igualitariamente entre todos os partidos.
Gastança – O Hospital das Forças Armadas gastou cerca de R$ 324 mil com operações de saúde do presidente Jair Bolsonaro, dos ministros de governo e seus dependentes. As informações foram obtidas pelo deputado Ivan Valente (PSOL), através da Lei de Acesso à Informação, segundo o jornal Folha de São Paulo. Um dos atendimentos do presidente foi feito em janeiro deste ano, quando ele teve que fazer sua segunda vasectomia. A primeira-dama também precisou ser operada em julho de 2019 para corrigir um desvio de septo. Em setembro deste ano, o governo publicou portaria em que autorizava o Hospital a fazer convênios com outros hospitais, caso não tenha recursos disponíveis.
Pressão do Centrão – Aliados políticos do presidente Jair Bolsonaro intensificaram a cobrança sobre o governo para um desmembramento de parte do Ministério da Economia. A discussão gira em torno da separação da secretaria de Previdência e Trabalho da pasta e a recriação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para ser entregue ao Centrão. No Palácio do Planalto já se fala no planejamento de uma “pequena reestruturação”. Apesar da ameaça de Paulo Guedes perder o status de superministro, auxiliares do presidente dizem que ele segue tendo o respaldo do governo. Um dos secretários de Guedes, Carlos da Costa, foi indicado pelo governo à presidência do braço de investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o que poderia abrir a oportunidade para as mudanças.
CURTAS
CRISE NAS TVS – Incontáveis usuários de redes sociais protestaram contra as recentes dispensas de atores e apresentadores feitas pelo SBT. Mas, antes de criticar a atitude da emissora, é imprescindível, por questão de justiça, analisar o cenário das principais redes de TV do Brasil. A grande maioria está no vermelho. Ou reduzem despesas urgentemente ou correm o risco de não honrar pagamentos e avolumar dívidas. Os canais faturam milhões de reais todos os anos, porém os custos são proporcionais. A operação do negócio – dos salários de funcionários ao aluguel de satélites, dos investimentos em produções próprias à compra de direitos de exibição, dos encargos sociais e trabalhistas à manutenção de equipamentos – custa cada vez mais caro.
HOJE TEM LIVE – A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, que seria entrevistada na semana passada, remarcou sua live neste blog para hoje, às 18 horas. A live será pelo Youtube com transmissão simultânea pela Rede Nordeste de Rádio, hoje com mais de 40 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia. Na pauta, o agronegócio, responsável pela alavancada do PIB, e os projetos para incrementar a agricultura no Nordeste. Teresa é uma das ministras mais populares do Governo e sua pasta uma vitrine para Bolsonaro.
Perguntar não ofende: Quem tem alto índice de rejeição ganha eleição?