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  • Contato Brasil, 24 de novembro de 2024 23:23:56
Magno Martins
  • 06/10/2020 08h45

    A prova dos sete

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    Disputa em Petrolina( Foto: Imagem do colunista)

    (Recife-PE) Há 40 dias, o Instituto Potencial (BA), em parceria com este blog, divulgou uma pesquisa em Petrolina apontando o amplo favoritismo do prefeito Miguel Coelho, que disputa a reeleição pelo MDB. Ele apareceu com 73% das intenções de voto, enquanto os demais candidatos abaixo da casa dos 8%. O ex-prefeito Júlio Lóssio, que caminha para a terceira derrota seguida para o grupo dos Coelho, usou um "laranja" para levantar suspeita na justiça eleitoral quanto à seriedade da empresa responsável e este blog também.

    Em nenhum momento, como faço habitualmente, contestei em público a ação. Mas ontem fiquei de alma lavada: a Folha divulgou pesquisa do Ipespe trazendo praticamente o mesmo cenário do levantamento da Potencial, não engolido por Lóssio, que, depois das adversidades eleitorais, passou a brigar com Deus e o mundo. Seu esporte favorito dos últimos dias é contestar pesquisas que abrem um horizonte de escuridão à frente para o seu filho Julinho, candidato do PSD a prefeito, que jogou na fogueira temendo ser derrotado por Miguel.

    O tempo, os cabelos brancos e os baques se encarregam de moldar as pessoas, menos Lóssio. Este continua ignorando a filosofia do velho Agamenon Magalhães, que dizia que a ilusão da política é pior do que a do amor. Acha-se a maior liderança do São Francisco, mesmo sem ter eleito a esposa deputada estadual na eleição passada. Políticos que se perdem no caminho da volta ao poder que perseguem de forma obsessiva, como Lóssio, são dignos de repúdio e desprezo.

    Políticos assim são estereótipos humanos comparados aos hábitos das hienas. Apesar de serem exímias caçadoras, em comum atacam e roubam as caças de outros animais, agem na calada da noite embora possam estar pontualmente ativas durante o dia. Até gosto pessoalmente de Lóssio, mas ele não faz mais parte dos meus sonhos de Brasil justo e menos desigual.

    Sonho, ao contrário dele, com o dia em que nossos representantes políticos estejam focados em fazer uma política voltada para a sociedade em geral e não apenas para seus simpatizantes. Sonho com o dia que a maioria do povo escolherá seu representante só depois de analisar o plano de gestão. Sonho ainda com o dia que o povo entender que o voto não é um vale presente, que o eleitor é o patrão e nossos representantes políticos nossos subordinados.

    É muita grana – Se só na largada da campanha o PSB nacional despejou mais de R$ 5 milhões como doação do fundo eleitoral, imagine o que não virá quando a campanha pegar fogo e o príncipe se sentir ameaçado de não chegar lá. A dinheirama, antecipada ontem pela mídia nacional, confirma o que esta coluna tem informado: para eleger o príncipe o céu é o limite. E olha que o País está vivendo tempos bicudos, uma crise galopante gerada pela pandemia do coronavírus

    Em Maceió – O PSB tem chances de emplacar o prefeito de Maceió, charmosa capital alagoana. Ali, o fenômeno eleitoral da disputa proporcional na eleição passada, o deputado federal João Henrique Caldas, filho do ex-deputado João Caldas, lidera todas as pesquisas de intenção de voto. Jovem, atuante e já com desenvoltura nacional, JHC foi um dos mais votados do País em 2018. Teve quase 200 mil votos, dos quais 100 mil em Maceió. Ele enfrenta forças poderosas alavancado pelo eleitorado na faixa etária entre 16 e 30 anos. É um fenômeno de urna mais comentado no País, com chances de repetir a façanha na disputa pela Prefeitura.

    Despejo – Após ignorar regras internas por mais de um ano, o Senado decidiu “despejar” os partidos que utilizavam estruturas do Congresso de forma irregular. PSL, PSB, PL e Rede deverão deixar os gabinetes de lideranças e não terão mais funcionários e verbas reservados apenas para legendas com três senadores. A decisão ocorre após reportagem do Estadão mostrar que o presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) contrariava as normas internas ao manter os benefícios. As bancadas dos partidos diminuíram de tamanho desde o ano passado e ficaram com dois integrantes cada um. Em busca da reeleição para o comando do Senado em 2021, Alcolumbre fez vista grossa às normas, permitindo às siglas o acesso a uma verba de até R$ 250 mil por mês – sem contar o gabinete de cada parlamentar.

    Renda Cidadã – O senador Marcio Bittar (MDB-AC) disse que a fonte de financiamento do Renda Cidadã, programa social que o governo Bolsonaro estuda para substituir o Bolsa Família e o auxílio emergencial, será apresentado amanhã. Segundo ele, o texto respeitará o teto de gastos públicos (norma que limita as despesas da União). O relator da proposta não deu detalhes das formas de financiamento que estão sendo estudadas. Mas afirmou que o novo programa visa atingir 8 milhões de pessoas que ficarão sem o coronavoucher no próximo ano.

    CURTAS

    GUIA ELEITORAL – O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) definiu a distribuição do tempo e a ordem de veiculação dos programas e inserções em rádio e televisão dos partidos e coligações que concorrerão aos cargos de prefeito e vereador do Recife. O horário eleitoral, conhecido em Pernambuco como guia eleitoral, começa na sexta-feira (9) e vai até o dia 12 de novembro. Serão dois blocos de dez minutos, cada, na TV e no Rádio. Ao longo do dia, serão mais 70 minutos de inserções de candidatos majoritários (prefeitos) e proporcionais (vereadores).

    RETORNO DAS AULAS – A Justiça do Trabalho em Pernambuco suspendeu, ontem, o retorno das aulas presenciais nas escolas da rede particular. A decisão é provisória e ainda pode ser alterada por meio de recursos. As atividades deveriam ser retomadas hoje, cumprindo decreto do governo. Segundo a decisão do juiz Hugo Cavalcanti Mello Filho, da 12ª Vara do Trabalho, as atividades devem ficar suspensas até que fique comprovada pelo governo a adoção de todas as medidas de segurança previstas no protocolo do governo do estado para evitar a disseminação da Covid-19.

     

    Perguntar não ofende: Se na largada, João já abocanhou R$ 5 milhões, quanto vai custar essa farra da sua campanha?


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