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  • Contato Brasil, 29 de março de 2024 04:45:18
Magno Martins
  • 07/09/2020 09h29

    À espera de milagres impossíveis

    Veja os números

    Candidatos à prefeito de Recife( foto: arquivo do colunista)

    (Recife-PE) As convenções partidárias destinadas a homologar candidatos às eleições municipais de novembro próximo começaram dia 31 passado, mas a maioria deixou o evento para o último dia, quarta-feira da semana que vem. A estratégia é ganhar tempo em busca de um milagre. Este milagre vale, principalmente, para o bloco de oposição, que rachou ao meio, mas o democrata Mendonça Filho, que conquistou a maioria com a adesão do PL, espera o Cidadania, de Daniel Coelho, e o PSC, de André Ferreira.

    Esta é a unidade dos seus sonhos, porque é capaz de pavimentar sua ida ao segundo turno. Raivoso, Daniel não deve ir para o palanque de Mendonça nem tampouco para o de Patrícia Domingos, do Podemos, para quem havia sinalizado. Não porque não seja seu desejo. Simplesmente a delegada ignorou o seu isolamento e não o procurou. Deu provas, assim, que não é do ramo da política. Se assim fosse, estaria aos pés de Daniel implorando o seu apoio.

    Mas, provavelmente, a delegada queira se apresentar como a cara da nova política e Daniel, para ela, talvez seja um legítimo representante da velha política. Não sabe Patrícia que a política é soma, não subtração. Isolada, não vai a lugar algum, mesmo que hoje pontue na faixa dos 10% nas pesquisas. No caso do PSC, parece irremovível a pré-candidatura de Alberto Feitosa, até porque já tem o aval de André Ferreira para a convenção em data a ser marcada.

    Feitosa alimenta expectativas de contar em seu palanque com o PTB, chances que surgiram depois do presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson, baixar uma resolução proibindo alianças com o DEM, o PSDB e os partidos comunistas. Aliados de Mendonça, entretanto, garantem que ele conversou com Jefferson na semana passada, em Brasília, e deste recebeu a garantia de que o partido está comprometido com a sua candidatura.

    João Campos, do PSB, e Marília Arraes, do PT, igualmente deixaram suas convenções para o último dia, a espera não se sabe do quê. Porque Marília não atrai mais nenhum partido. Seu vice deve sair do Psol, o que, convenhamos, não deve ser uma boa indicação, alguém que tenha estatura e capacidade para substituí-la num eventual afastamento, especialmente em 2022, caso tenha projeto de disputar o Governo do Estado.

    Já João aguarda o PDT. A saída que encontrou para evitar a candidatura de Túlio Gadêlha foi oferecer a vaga de vice ao partido, mas esbarra na falta de quadros. Gadêlha, a quem caberá a indicação, além de não querer indicar o nome para compor a chapa, não tem ninguém do seu grupo com tal perfil, o que leva MDB e PP, que têm muito mais quadros qualificados, a avocar para si o direito da indicação.

    Ainda em relação a Daniel, o que se diz é que anunciará um candidato faz de conta para tentar eleger uma bancada de vereadores, seguindo o exemplo do presidente do PSL, Luciano Bivar. Esta e a próxima semana serão decisivas para o clareamento e o afunilamento do processo eleitoral na capital pernambucana. 

    MEA CULPA – Em artigo, ontem, no Estadão, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) reconheceu, finalmente, ter sido um erro ter levado o Congresso a aprovar a emenda da reeleição, de autoria do então deputado pernambucano Mendonça Filho (DEM). “De pouco vale desmentir e dizer que a maioria da população e do Congresso era favorável à minha reeleição: temiam a vitória de Lula. Devo reconhecer que, historicamente, foi um erro: se quatro anos são insuficientes e seis parecem ser muito tempo, em vez de pedir que no quarto ano o eleitorado dê um voto “plebiscitário”, seria preferível termos um mandato de cinco anos e ponto final”.

    TEM PROVA, CASSA – Do novo corregedor-geral do TSE, ministro Luis Felipe Salomão, ao falar dos processos que ameaçam Bolsonaro de afastamento naquela corte, em entrevista ontem ao Estadão,: “Estou bastante tranquilo em relação a essas ações. Vamos tratar de fatos e provas. Acho que devemos apreciá-las o quanto antes, porque é preciso dar uma resposta da Justiça Eleitoral para aqueles que propuseram a ação, para aqueles que figuram no polo passivo da ação (os investigados) e para a sociedade. Já vamos aí para o segundo ano de mandato do presidente (Bolsonaro), é tempo razoável para a gente dar essa resposta. Não me assombro com essa responsabilidade porque, primeiro, será dividida entre o plenário, com homens bastante experientes e respeitados. Segundo, porque é um dado objetivo: tem prova, cassa. Não tem prova, não cassa”.

    AFASTADA– O Podemos afastou a senadora Rose de Freitas (ES) por apresentar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite a reeleição do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A suspensão da filiação partidária é por 60 dias em caráter cautelar, prazo em que a análise do procedimento ético-disciplinar deve ser concluída. Segundo o comunicado oficial do partido, o afastamento acontece após a Comissão Executiva Nacional acolher parecer do Conselho de Ética e Disciplina. O documento é assinado pela presidente nacional da sigla, Renata Abreu. A senadora terá o prazo de cinco dias, a partir do recebimento da notificação, para apresentar defesa por escrito ou indicar advogado para acompanhar o procedimento, se quiser.

    TUDO OU NADA – No xadrez da corrida eleitoral para a Prefeitura de Salvador, o governador Rui Costa (PT) movimenta suas peças para que um dos quatro candidatos de sua base tenha força suficiente para conseguir levar a disputa para um eventual segundo turno contra Bruno Reis (DEM), vice de ACM Neto (DEM). Reis entra no jogo com uma coligação de 14 partidos - incluindo o PDT de Ciro Gomes, que faz parte da base parlamentar de Costa - e herda apoio popular da bem avaliada administração do gestor, que encerra seu segundo mandato. Com 1.897.098 milhão de eleitores, a capital baiana é estratégica para 2022, quando Rui buscará eleger seu sucessor e Neto deve concorrer ao Governo.

    BRIGA FEIA – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não estará presente, hoje, na parada de 7 de Setembro, em Brasília, ao lado do presidente Bolsonaro. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que passou o fim de semana no Amapá, retornou ontem a Brasília para participar da cerimônia. A ausência de Maia acontece num momento em que a ruptura do deputado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, tornou-se pública. Na última quinta-feira, Maia disse em entrevista que Guedes tem proibido a equipe econômica de conversar com ele. Na sexta-feira, o presidente da Câmara descartou reconciliação.

    LIVE COM RATINHO – O apresentador Carlos Massa, o Ratinho, do SBT, faz a live deste blog da próxima quarta-feira, às 18 horas pelo You Tube com transmissão simultânea pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras, hoje abrangendo um raio de ação nos Estados de Pernambuco, Alagoas e Bahia. Ratinho aceitou falar sobre os investimentos que está fazendo no polo de confecções de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste pernambucano.

    Perguntar não ofende: A quem a Polícia Federal dará bom dia ao longo desta semana?

     


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