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  • Contato Brasil, 19 de abril de 2024 10:42:47
Magno Martins
  • 11/02/2020 10h09

    A série da briga dos Campos

    Na verdade, conforme apurei, já sabendo de há muito tempo, desde quando comecei a conhecer os bastidores do Governo Eduardo Campos, Tonca e Renata nunca se entenderam

    Antonio Martins e Renata Campos( Foto: Arquivo colunista)

    (Recife-Pe) A série trazendo os bastidores da briga na família do ex-governador Eduardo Campos, que comecei a postar, ontem, na largada do jornal O Poder, o primeiro do País em plataforma para distribuição pelo WhatsApp, terá continuidade hoje e amanhã, no horário das 19h30. O que relato é fruto de uma longa e minuciosa apuração com personagens que conviveram ou ainda mantém laços com os Campos.

    A pauta surgiu inspirada no depoimento do presidente da Fundação Joaquim Nabuco, advogado Antônio Campos, mais conhecido como Tonca, ao Ministério Público Federal, sexta-feira passada. Em nenhum momento, ele, que é irmão de Eduardo, o único, abriu o jogo quanto ao conteúdo do seu depoimento, preferindo se limitar à nota oficial que emitiu tão logo saiu do prédio do MP Federal, no Recife.

    Ressalto que apesar das negativas de Tonca, que se curvou à lei, por se tratar de um processo que corre em segredo de justiça, não desisti de levar o assunto adiante, até porque se trata da pauta mais explosiva no campo da política em Pernambuco, envolvendo de um lado a poderosa Renata Campos, viúva de Eduardo, e de outro, o próprio Tonca.

    Na verdade, conforme apurei, já sabendo de há muito tempo, desde quando comecei a conhecer os bastidores do Governo Eduardo Campos, Tonca e Renata nunca se entenderam. As divergências foram se acentuando principalmente após a morte de Eduardo. O insumo da briga era o poder. Renata nunca quis o cunhado próximo ao marido, que adorava o irmão, que nunca o faltou.

    São três capítulos, ontem, hoje e amanhã. Trata-se de um conflito familiar que vai temperar as eleições municipais, principalmente no Recife, onde estará em jogo o futuro dos Campos, na aposta da eleição do filho de Eduardo, o deputado federal João Campos, campeão de votos para a Câmara dos Deputados, em 2018, com mais de 460 mil votos.

    Equipe top do poder – Sobre o jornal O Poder, é distribuído para assinantes via WhatsApp, de segunda à sexta-feira, no horário das 19 horas. Traz não apenas notícias bombásticas na política, mas também na economia, área que entregamos ao jornalista Antônio Magalhães, o Tonico, que já escreve neste blog, sempre às quintas-feiras, abordando assuntos os mais variados, sempre numa ótica crítica e combativa. Também faz parte da equipe o jornalista Ângelo Castelo Branco, experiente, ex-JB, ex-DP, com passagem também na área governamental, tendo sido secretário estadual de Imprensa, autor do livro Marco Maciel: um artífice do entendimento.

    Queima de arquivo 2 – Um homem que fazia a segurança do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em ação policial na cidade de Esplanada, na Bahia, foi quem indicou aos policiais o sítio onde estava o ex-capitão do Bope, apontado como chefe do Escritório do Crime. Adriano foi morto em um confronto com policiais militares domingo passado em um sítio na zona rural de Esplanada, a cerca de 168 km de Salvador. O sítio pertence a um vereador do PSL na Bahia, que em nota afirmou não conhecer Adriano.

    Polêmica do ICMS – O deputado Alberto Feitosa sugere que o governador Paulo Câmara lidere e proponha uma discussão mais aprofundada com o Governo Federal sobre o projeto do ICMS cobrado sobre o combustível. “Precisamos ter Pernambuco como protagonista e liderança de algo tão importante e impactante na vida dos pernambucanos. Não podemos apenas criticar por criticar o Governo Federal. O que temos visto são as coisas acontecendo em outros estados e nada acontecer em Pernambuco. É preciso discutir esse assunto, pois a população quer uma resposta. Foi ouvido isso do presidente, e nada foi dito pelo Governo de Pernambuco.”, afirmou.

    Pregando unidade – De João Campos, ontem, na Rádio Folha, pregando a unidade. “Tenho identificado que o momento que o Brasil vive é muito desafiador e todas as forças progressistas e de centro esquerda deveriam estar muito mais preocupadas com essa onda conservadora que tem crescido e o desmonte de diversas áreas. Isso é nossa grande preocupação. Se a gente não tiver essa compreensão dentro de nosso campo, poderá ser mais difícil em 2022. Porém, cada partido tem sua autonomia e a gente tem que respeitar, por mais que muitas vezes não concorde, com a decisão de outros partidos”.

    CURTAS

    CRIME ESTRANHO – O secretário executivo de eventos de Tamandaré, Ailton Boafirma, de 46 anos, foi encontrado morto na casa do irmão dele, naquela cidade, na manhã de ontem. Ailton levou um tiro na cabeça, de acordo com o secretário municipal de meio ambiente, Manoel Pedrosa. “Ele foi encontrado deitado no sofá. Ainda não temos muita informação. Era uma pessoa muito conhecida na cidade. Agora queremos saber o motivo e quem foram os responsáveis”, disse.

    RIFADO – Em Floresta, o prefeito Ricardo Ferraz foi abandonado, literalmente, pelos seus aliados. Além de proibir a presença do gestor num evento na cidade, no último fim de semana, o deputado Fabrício Ferraz anunciou que está à procura de outro candidato para apoiar e citou alguns nomes, como Beto Puça, Chico Ferraz, Favinho Ferraz, Sérgio Jardim e Tadeu Laranjeira. A divisão só beneficia a ex-prefeita Rorró Maniçoba, pré-candidata do PSB, considerada imbatível, segundo todas as pesquisas já feitas no município.

    MAIS UM – A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou, ontem, o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Pede ao STF que torne Ciro Nogueira réu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido repasses da construtora Odebrecht. Desde que as investigações começaram, o senador nega irregularidades. O advogado de Ciro Nogueira, Antonio Carlos de Almeida Castro, divulgou nota na qual afirmou estranhar a denúncia, “pois a base do inquérito é unicamente as delações premiadas da Odebrecht”.

    Perguntar não ofende: Ao pregar a unidade, João Campos mandou o recado para quem?


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