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Magno Martins
  • 21/01/2020 09h04

    Minhas trincheiras não terão fim

    Encaro o Jornalismo como missão cidadã, trincheira e tribuna dos que não têm voz, vivem penando num País com o traço perverso das desigualdades sociais

    Magno Martins( Foto: arquivo do colunista)

    (Recife-PE) Desde ontem, esta coluna deixa de ser publicada na Folha de Pernambuco, jornal do empresário Eduardo Monteiro, do qual participei, com muita alegria, do seu alicerce, abrindo novo paradigma na comunicação do Estado, quebrando, ao mesmo tempo, o velho tabu de que não havia espaço para uma chamada terceira via na mídia impressa do Estado, refém da dicotomia Diário de Pernambuco x Jornal do Commercio.

    A Folha veio, inovou e venceu. Emprestei minha modesta colaboração em duas etapas, uma delas interrompida bruscamente, outra pela ida a Brasília como editor do Jornal de Brasília, arrendado também por Eduardo. A ele, só tenho que agradecer pelas oportunidades, mas a coluna vai continuar neste espaço, como sempre esteve, à meia noite e depois respostada às seis da manhã.

    Até porque se traduz no carro chefe deste blog, trazendo análise isenta, com boa dose de pimenta, sem perder meu estilo de defensor de grandes causas e bandeiras da sociedade.

    Encaro o Jornalismo como missão cidadã, trincheira e tribuna dos que não têm voz, vivem penando num País com o traço perverso das desigualdades sociais. Não tolero injustiças, mas são regra ao invés de exceção nesta região relegada à sorte e ao abandono.

    Nesse tempo todo, perdi o número de causas que defendi. Pela minha pena, a luz se acendeu no final do túnel em muitas jornadas que pareciam adormecidas ou inquebrantáveis. No dia em que não puder mais fazer jornalismo assim, não sirvo à sociedade, não honro o juramento do diploma de bacharel em Jornalismo, vocação que Deus me deu, aperfeiçoada ao longo do tempo sob inspiração do meu amado pai Gastão Cequinha, com raízes nas barrancas do Rio Pajeú.

    Estrela bolsonarista – Regina Duarte virou secretária de Cultura de Bolsonaro. O apelido de namoradinha do Brasil vem dos anos 70 quando encantou o País em novelas e peças de teatro. Seu ingresso na vida pública deixa pairar no ar muitas dúvidas. Passa a servir um Governo que não tem lá essas coisas de compromissos com a cultura e pode ser mais uma estrela para gerar apenas mídia como foram Pelé e Gilberto Gil no passado.

    caiu fora – Em Araripina, o ex-prefeito Alexandre Arraes (PSB) não conseguiu segurar o vereador João Dias, o mais influente do seu grupo de dois, em apoio à candidatura de Bringel Filho (PSDB) à sucessão do prefeito Raimundo Pimentel (PSL). O parlamentar debandou para o grupo de Tião, o chamado “Barão do Gesso”, por ser o maior donatário de imensas glebas de gipsita do Araripe.

    Aliança e sanfona – Presidente da Embratur, o pernambucano Gilson Neto recebeu a missão de Bolsonaro para estruturar o novo partido Aliança pelo Brasil em território nordestino. No último fim de semana, mobilizou uma multidão em João Pessoa colhendo assinaturas de apoio ao registro da legenda, com direito a uma canjinha em sua sanfona. A próxima etapa inclui Pernambuco e Ceará.

    A favor e contra – No Rio de Janeiro, porque ninguém é de ferro, o deputado Felipe Carreras garante que, ao contrário de Gonzaga Patriota, votará em Danilo Cabral para líder do partido na Câmara. Como Patriota, entretanto, o atual líder Tadeu Alencar vota no carioca Alessandro Molon, nome, aliás, forçadamente apoiado por ele por causa de um entendimento fechado lá atrás em apoio à sua escolha como líder para o exercício que está sendo encerrado.

    CURTAS

    UNIDADE – As oposições começam a despertar para a necessidade de unidade na sucessão do prefeito Geraldo Júlio no Recife. Líder da oposição na Assembleia, Marco Aurélio, do PRTB, ainda está no páreo, mas ontem deu indicativos de que pode liderar um movimento em favor de um bloco conciso em torno do nome da delegada Patrícia Domingos, ainda sem filiação partidária.

    O ARREPENDIDO – Em Carpina, o Palácio acena em apoio à reeleição do prefeito Manoel Botafogo (PDT) contrariando o chefe de gabinete do governador, Milton Coelho. Suplente de deputado federal pela Frente Popular, Coelho tem compromisso velado com a oposição, apoiando o trabalhista Joaquim Lapa, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto para prefeito. Pavio curto, Botafogo tem mania de romper com o Governo e depois se arrepender.

    BRIGA DAS SAIAS – Já em Caruaru, a surpresa da fase pré-campanha pela Prefeitura pode se revelar no grupo do deputado Tony Gel (MDB). O que corre nos bastidores é que ele não será o candidato, mas apresentará a esposa Miriam Lacerda para um duelo saia contra saia – a adversária é Raquel Lyra (PSDB). Miriam já disputou em 2012 e perdeu para José Queiroz, novamente candidato.

    Perguntar não ofende: Joaquim Francisco está no páreo para valer na corrida sucessória do Recife?


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