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  • Contato Brasil, 25 de novembro de 2024 23:47:44
Magno Martins
  • 01/11/2019 10h03

    Com AI-5, filho atira no pai

    Torturadores colocavam a temperatura da cela tão alta, suficiente para enlouquecer os presos. Alto-falantes reproduziam sons extremamente irritantes

    Presidente Bolsonaro deveria ouvir tanto seus filhos, como Eduardo?( Foto: arquivo colunista)

    (Recife-Pe) Os opositores de Bolsonaro estão dentro da sua própria casa. O filho Eduardo pregou, ontem, de forma insana, a reedição do AI-5, caso a oposição radicalize o confronto com o Governo do pai. Seria a volta da ditadura, tudo que, na verdade, ele deseja. Símbolo da repressão, decretado por Costa e Silva em 1968, o Ato Institucional Número 5 reprimiu até militares contrários.

    Autorizou medidas de exceção, permitindo o fechamento do Congresso, a cassação de mandatos parlamentares, intervenções federais, prisões até então consideradas ilegais, e suspensão dos direitos políticos dos cidadãos. Presos foram obrigados a ficar nus dentro de celas pequenas, impedidos de ficarem de pé.

    Torturadores colocavam a temperatura da cela tão alta, suficiente para enlouquecer os presos. Alto-falantes reproduziam sons extremamente irritantes. Presos passavam dias nas celas, sem água e comida e sangrando. Deus nos livre disso!

    Delírio alucinante – Diante da reação extrema da oposição, Eduardo Bolsonaro disse que foi mal-entendido e que defendeu, na verdade, um plebiscito para a reedição do AI-5. Com ou sem consulta à população, a medida é típica de alguém que precisa, urgentemente, ser internado. Até o pai reprovou, afirmando que, quem quer que fale de AI-5, está sonhando. No caso do filho, isso é delírio.

    Corte em massa – No dia seguinte ao ex-prefeito de Araripina, Emanuel Bringel (PSDB), romper com o prefeito Raimundo Pimentel (PTB), o Diário Oficial do Município sai recheado de demissões. Pimentel deu um chute no traseiro de todos os apadrinhados por Bringel, decretando guerra. Sinalizou, ao mesmo tempo, estar disposto a enfrentar a oposição usando a arma da sua caneta.

    Calote – Já em Arcoverde, administrada pela socialista Madalena Brito, o som roco das ruas brada contra o atraso dos salários dos prestadores de serviços. Algumas categorias estão há três meses sem ver a cor do dinheiro a que têm direito, sem que a Prefeitura sinalize prazo para pagamento. E há indicativos de que a situação tende a se agravar pelo liseu dos cofres municipais.

    Estrada do medo – Presidente da CDL em Ipubi, Daniel Torres reclama que a PE-630, ligando o município a Trindade, continua abandonada, sem nenhum sinal que entrará no plano de recuperação do Estado. “Estamos na rota do medo, perdi, há pouco, um pneu”, desabafou.

    Usina – O debate sobre a polêmica que envolve a instalação de uma usina nuclear em Itacuruba, no Sertão de Itaparica, chega a Floresta, na próxima terça-feira, reunindo de um lado a Igreja e de outro os representantes de instituições favoráveis e contra. Na quarta, tem ato em Itacuruba.

    OTIMISMO – O deputado estadual Alberto Feitosa (SD) saiu otimista de Brasília, ontem, após encontro com os ministros Luis Eduardo Ramos e o General Heleno. Ouviu que a inflação está controlada, os juros caindo, risco Brasil baixíssimo, indústrias em recuperação e aumento do emprego formal.

    Perguntar não ofende: Bolsonaro não vai dar sequer um puxão de orelha no filho Eduardo?

     


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