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  • Contato Brasil, 26 de novembro de 2024 04:00:59
Magno Martins
  • 25/09/2019 11h01

    Bolsonaro só agradou seu público

    O discurso teve endereços certos: seu público interno, aquele que foi responsável por sua eleição e se simpatiza com a linha da fala presidencial

    Bolsonaro na ONU( Foto: arquivo pessoal )

    (Recife-Pe) Como não poderia ser diferente nem surpreendente, o discurso do presidente Jair Bolsonaro, ontem, na ONU, foi ideológico, de campanha eleitoral, reafirmação das suas convicções radicais aos que divergem do seu pensamento conservador no campo oposto da esquerda.

    Raivoso, atacou os países socialistas, especialmente Cuba e Venezuela, batendo ainda em Macron, presidente da França, e até no cacique Raoni, indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2020. “Bolsonaro fez um discurso de intolerância e truculência”, reagiu Sonia Guajajara, uma das lideranças indígenas presentes à sessão das Organizações das Nações Unidas.

    O discurso teve endereços certos: seu público interno, aquele que foi responsável por sua eleição e se simpatiza com a linha da fala presidencial; e países, como França e Alemanha, que criticaram a política ambiental do Governo Bolsonaro. Ou seja, ele deixou claro que não pretende recuar no seu estilo.

    Efeito negativo – A dúvida, agora, é se a fala do presidente vai representar um endurecimento de sua política ambiental, criticada por afrouxar a fiscalização de desmatamento e queimadas, o que terá um efeito negativo sobre nossa economia, com investidores se retraindo e risco de retaliações comerciais. Ou se foi mais uma busca de Bolsonaro de marcar posição para reafirmar sua autoridade.

    Armação – Foi por convocação e incentivo das principais lideranças do Legislativo, que se sentiu ofendido, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que o líder Fernando Bezerra Coelho (MDB) subiu à Tribuna, ontem, na sessão do Congresso, para afirmar a operação da PF em seu gabinete foi “uma armação política”.

    Quem armou? –Se foi de fato algo orquestrado, como sugere Fernando Bezerra, quem está por trás? O ministro Sérgio Moro, que até o momento não se pronunciou ou a Polícia Federal, que fez a operação sem ordem do presidente? O presidente do Senado foi, ontem, ao Supremo, pedir a anulação da intervenção, no seu entender arbitrária, ao gabinete do líder.

    Usina – Animado com a possibilidade de Itacuruba, no Sertão, sediar uma usina nuclear, o deputado Alberto Feitosa (SD) está à frente de um grupo parlamentar que visita, hoje, o Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste, no Recife, e na primeira quinzena de outubro usinas em Angra dos Reis.

    Multados – O TCE julgou ilegais 713 contratações temporárias em São Caetano pelo prefeito Jadiel Braga (PSDB). Ele e a secretária de Saúde, Isabelle Braga, foram multados, cujo valor não foi divulgado, mas deve ser recolhido aos cofres do Tribunal de Contas no prazo de 15 dias após o julgamento.

    IPUTINGA – O presidente da Câmara do Recife, Eduardo Marques (PSB), anda ancho da vida com a requalificação de várias ruas no bairro de Iputinga, envolvendo serviços de terraplanagem, fresagem e desobstrução de galerias pela Prefeitura, a pedido dele ao prefeito Geraldo Júlio (PSB).

    Perguntar não ofende: É verdade que Renan Calheiros (MDB) está se mexendo no Senado para substituir o líder Fernando Bezerra?


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