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  • Contato Brasil, 26 de novembro de 2024 03:37:16
Magno Martins
  • 17/09/2019 08h12

    Governadores ranzinzas com Bolsonaro

    O fosso se agigantou devido à má vontade dos gestores, todos de partidos de oposição, com a reforma da Previdência

    Os ranzinzas( Foto: arquivo do colunista)

    (Recife-Pe) Governadores do Nordeste se reuniram, ontem, em Natal, e deram mais aderência à resistência dialética da incorporação do discurso de que a Região tem que andar com suas próprias pernas diante da difícil relação com a União. Entre a prática e a teoria, no entanto, há uma distância muito grande.

    Se o Governo não tem muito o que oferecer devido à falência do seu caixa, imagine os pobres Estados nordestinos. Alguns deles não pagam em dia sequer a folha de pessoal. Desde a chegada de Bolsonaro ao poder, o Nordeste reclama de discriminação. O próprio presidente foi para a linha de frente e agrediu os governadores da Bahia, Maranhão e Pernambuco.

    O fosso se agigantou devido à má vontade dos gestores, todos de partidos de oposição, com a reforma da Previdência. Resultado: estados e municípios acabaram excluídos. Se essa relação azedar de vez e não adoçar, o Nordeste pagará um preço muito caro.

    Enfim, juntos – O presidente do Grupo EQM, empresário Eduardo Monteiro, deu uma demonstração de prestígio ao juntar lado a lado o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Júlio, ambos do PSB, com o líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho. Embora tentam aparecido carrancudos nas imagens, o reencontro dos ex-aliados e agora adversários foi extremamente elegante.

    Alerta – Os conselheiros da Eletrobras abriram, ontem, uma cruzada no Governo contra a privatização das empresas do Sistema, incluindo a Chesf, cuja bancada nordestina no Congresso torce o nariz para sua inclusão. A Eletrobras investiu cerca de R$ 400 bilhões em sua rede nos últimos 60 anos. Os novos controladores receberiam tamanha estrutura pagando um valor insignificante.

    Bolsa-Família – O programa Bolsa-Família tende a acabar nas mãos da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, na reforma ministerial que se avizinha após a votação da reforma da Previdência no Senado. Está prestigiada na Esplanada e o chefe gosta dela, embora alguns militares façam reparos à sua atuação na área relativa a Direitos Humanos.

    Avariado – Só quando for conhecido o nome do substituto de Marcos Cintra na Receita Federal será possível medir o tamanho da avaria no casco do transatlântico Paulo Guedes. Em oito meses, não conseguiu recuperar a economia. Seu prestígio junto ao establishment declina rapidamente.

    Caixa dois – O Senado deve votar, hoje, o projeto que muda as leis eleitoral e partidária, aumentando brechas para a prática de caixa dois nas eleições do ano que vem e reduzindo a punição de irregularidades. Vai ser guerra. O grupo Muda Senado, com 21 senadores, promete obstruir a votação.

    INVASÃO – Mais de mil prefeitos invadem Brasília, hoje, e amanhã, para pressionar senadores e deputados pelas medidas na pauta que garantem, na prática, o avanço para tornar realidade o Pacto Federativo. Entre os pleitos, o rateio do bônus do Pré-Sal e o aumento do Fundo de Participação em 1%.

    Perguntar não ofende: Eduardo Bolsonaro fez mais um gol contra ao tratar de curral o eleitorado que elegeu o seu pai?

     

     


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