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  • Contato Brasil, 26 de novembro de 2024 07:51:45
Magno Martins
  • 27/08/2019 08h05

    Faltou autonomia na Casa Civil

    A saída de Nilton Mota, antecipada por esta coluna há mais de 30 dias, coloca em ascensão a figura do coringa do Governo, o agora ex-secretário da Administração, José Neto

    Mudanças no secretariado de Paulo Câmara chama atenção( Foto: arquivo do colunista)

    (Recife-PE) O chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Nilton Mota, teve uma boa passagem pela Secretaria de Agricultura no primeiro mandato de Paulo Câmara, mesmo não sendo da área. Prestou, antes, relevantes serviços em campanhas eleitorais do PSB, tanto na eleição e reeleição do prefeito Geraldo Júlio no Recife quanto nas campanhas do governador, em 2014 e 2018.

    Não se sabe, entretanto, as razões que levaram Mota a não disputar a reeleição de deputado estadual, preferindo, estranhamente, a burocracia da Casa Civil. Político experiente e articulado, sabe ele que o mandato é imprescindível para sobreviver e ser reverenciado na seara maquiavélica e diabólica do poder.

    Por isso mesmo, nunca teve na Casa Civil autonomia plena que o cargo exige, principalmente na articulação política com o Legislativo, atrapalhado por interferências externas de gente mais próxima ao governador, influência e poder de decisão.

    No lugar certo – A saída de Nilton Mota, antecipada por esta coluna há mais de 30 dias, coloca em ascensão a figura do coringa do Governo, o agora ex-secretário da Administração, José Neto. Amigo de adolescência do governador e sobrinho do ex-governador Joaquim Francisco, Neto é do ramo da política, tem um excelente trânsito entre em todos os partidos, mas estava mal aproveitado.

    Ódio mortal – Tem algum marqueteiro de mãos calejadas soprando todos os dias no ouvido do presidente Bolsonaro. A orientação é direcionar suas falas em públicos e aumentar o tom nas entrevistas. O bombardeio às estrelas do jornalismo global, revelando quanto receberam de dinheiro público em palestras, foi para agradar o seu eleitor. Os bolsonaristas odeiam a Globo.

    Sem B.O – O juiz Clóvis Corrêa não registrou boletim de ocorrência sobre a derrubada do muro da sua fazenda em Sairé, na madrugada de domingo. Alega que não vale a pena pela ligação das autoridades estaduais ao PT. “A polícia não ia ter interesse em apurar um caso em que o motivo foi a propaganda que faço ao presidente Bolsonaro”, disse. Ele credita o vandalismo ao PT.

    Araripina – Um dos políticos mais populares de Araripina, o ex-deputado Emanuel Bringel não tem mais nenhum impedimento jurídico para disputar as eleições para prefeito no ano que vem. Tião do Gesso, que já cantava de galo como favorito, que se cuide. Bringel é quase uma unanimidade.

    Resistiu – O ex-secretário da Casa Civil, Nilton Mota, queria, na verdade, voltar para sua função técnica de origem na Fazenda. Resistiu até o último momento para ser remanejado para a Perpart, órgão que cuida de regularização fundiária. No poder, é preciso ter couro de elefante.

    HORROR – João Pessoa, a charmosa capital paraibana, está na mídia. Tudo porque os ricaços da praia de Cabo Branco foram à vereadora Helena Holanda (PP), autora do projeto “Praia Acessível”, implorar para proibir que pessoas com deficiência não participem de atividades esportivas na orla.

    Perguntar não ofende: José Neto vai ter na Casa Civil carta branca que negligenciaram a Nilton Mota?


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