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  • Contato Brasil, 26 de novembro de 2024 07:22:19
Magno Martins
  • 20/08/2019 10h13

    Vereadores servirão de cobaia

    No caso do Recife, por exemplo, cujo cociente é de 23 mil votos, o partido em disputa tem que atingir os 23 mil para eleger o primeiro e 46 mil o segundo e vai por aí afora

    Imagem de Palácio do Recife( foto: arquivo do colunista)

    (Recife-Pe) Sobrou para os vereadores o papel de cobaia na eleição do ano que vem quando será testado o fim das coligações proporcionais. Um duro golpe para os atuais parlamentares municipais, que enfrentarão muito mais dificuldades para emplacar um mandato. Tudo porque acabam os chapões e chapinhas e só sobreviverão os candidatos que estiverem em partidos que alcancem o coeficiente eleitoral.

    No caso do Recife, por exemplo, cujo cociente é de 23 mil votos, o partido em disputa tem que atingir os 23 mil para eleger o primeiro e 46 mil o segundo e vai por aí afora. Qual legenda tem tamanha capacidade para botar tantos votos no balaio? Os grandes? Dependendo da chapa, talvez.

    Mas os pequenos serão esmagados. Na prática, o fim das coligações foi concebido pelo Congresso para tirar o mandato de muitos vereadores de partidos nanicos no Brasil. Desafio aos deputados repetirem o mesmo modelo para eles em 2022. Não dão tiro no pé.

    Saída é a fusão – Em entrevista ao Frente a Frente de ontem, o professor e cientista político Maurício Romão detalhou as mudanças nas eleições proporcionais de 2020. Segundo ele, mais de 70% dos partidos não têm condições de atingir, isoladamente, o cociente eleitoral. A saída já começa a ser colocada em prática: a fusão de partidos. PSL e PRTB já estão discutindo essa possibilidade.

    Reprovação – O ex-prefeito de Itapissuma, Cal Volia (PP), sofreu uma derrota, ontem, na Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado, que reprovou e recomendou à Câmara do Município a manter a rejeição das contas dele referentes ao exercício financeiro de 2016. É acusado de fazer repasse do duodécimo acima do valor e extrapolar o limite com despesas de pessoal.

    A pão e água – Não é só o prefeito de Gravatá, Joaquim Neto (PSDB), no bloco de oposição ao Palácio das Princesas, que tem resmungado do tratamento discriminatório do governador Paulo Câmara (PSB). Em Ipojuca, a prefeita Célia Sales (PTB) não tem visto a cor do dinheiro do Estado em parcerias, segundo o secretário de Governo, Romero Sales, esposa da gestora.

    Ramal do Agreste – O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, garante que o Governo Bolsonaro já liberou R$ 290 milhões para avançar com as obras do Ramal Agreste da Transposição em direção à adutora do Agreste, numa extensão de 70 km, para levar água a 68 municípios.

    Missa – Familiares, amigos e correligionários do ex-deputado Antônio Mariano participam, hoje, às 19 horas, na Igreja dos Manguinhos, na Rui Barbosa, da missa pelo transcurso do primeiro ano da sua morte. No mesmo horário, também haverá missa na Catedral de Afogados da Ingazeira, sua terra natal.

    GASODUTO – Uma boa notícia para Limoeiro, no Agreste Setentrional: o prefeito Joãozinho (PSB) deixou, ontem, o gabinete do presidente da Copergás, André Campos, informado que os estudos para implantação do gasoduto de Glória de Goitá a Limoeiro serão iniciados brevemente.

    Perguntar não ofende: Por que as frentes de vereadores não pressionam o Congresso a mudar o sistema eleitoral do fim das coligações?

     

     


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