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  • Contato Brasil, 26 de novembro de 2024 11:40:44
Magno Martins
  • 18/07/2019 08h05

    Lupi acende fogueira da sucessão

    O tempo não se encarregou de cicatrizar a ferida

    Carlos Lupi é presidente do PDT( Foto: arquivo do colunista)

    (Recife-PE) Ao antecipar, ontem, no Frente a Frente, que o deputado Túlio Gadelha tem o respaldo do diretório nacional para disputar a Prefeitura do Recife em 2020, o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, antecipou a campanha na capital. Contrariou, consequentemente, a direção estadual do partido, que torce o nariz quando ouve falar numa possível candidatura de Gadelha.

    Wolney Queiroz, presidente do PDT e José Queiroz, seu pai, têm um pé atrás com o namorado de Fátima Bernardes desde o tempo em que confiaram a ele a missão de ampliar diretórios pelo interior do Estado e, ao invés dele agir organicamente, voltado para o partido, aliciou os novos dirigentes para trabalhar para ele.

    O tempo não se encarregou de cicatrizar a ferida e tudo leva a crer que pai e filho tendem a fazer a cabeça de Lupi para manter no Recife aliança com o PSB, cujo pré-candidato é o deputado João Campos, herdeiro político de Eduardo Campos.

    Sem surpresa – Não será nenhuma surpresa o PDT caminhar em faixa própria na sucessão de Geraldo Júlio no Recife. Na eleição para governador em 2018, o presidente Carlos Lupi entrou nas negociações para preservar o partido na aliança palaciana. Aceitou apoiar a reeleição do governador em troca da candidatura de José Queiroz ao Senado. O PSB não aceitou e o PDT apoiou Maurício Rands.

    Devolução – Fora da aliança com o PSB no Recife, como deseja Lupi, o PDT será obrigado a devolver sua fatia de cargos no latifúndio socialista. O partido tem uma secretaria estadual – Trabalho, Emprego e Qualificação – e a pasta de Habitação no plano municipal com Geraldo Júlio. Quando saiu da coligação com o PSB, o PSDB, lá atrás, foi obrigado a devolver todos os cargos.

    Visões diferentes – Os estatutos do PDT e PSB são diferentes. Enquanto o primeiro reuniu a executiva nacional e decidiu suspender as atividades partidárias de oito deputados por terem votado a favor da reforma da Previdência, o segundo preferiu burocratizar. Abriu os processos pelo Conselho de Ética, deu prazo para defesa e não se sabe se o julgamento final ainda sai este ano.

    Dente de leite – Do marqueteiro e diretor da Makplan, o atualíssimo Marcelo Teixeira, ao ouvir, ontem, a entrevista de Carlos Lupi anunciando a candidatura de Túlio Gadelha no Recife: “Me lembrei do sábio Doutor Tancredo Neves: Túlio é dente de leite: não dói para tirar”. Que maldade!

    Rejeição – O Tribunal de Contas do Estado rejeitou, ontem, as contas dos ex-prefeitos de Belém do São Francisco, Barreiros e Correntes. As câmaras já foram orientadas a referendar a decisão dos ex-prefeitos Gustavo Caribé (Belém), Carlos Artur (Barreiros) e Edimilson da Bahia (Correntes).

    ABANDONO – O presidente da Embratur, Gilson Neto, disse que voltou indignado de Fernando de Noronha com o estado de abandono da ilha. Quanto ao fim da taxa federal admitida pelo presidente Bolsonaro, afirmou que não se trata de extinção, mas de uma possível redução.

    Perguntar não ofende: Se o PSB quisesse, de fato, expulsar os deputados rebeldes não teria agido igual ao comando do PDT, que já suspendeu as atividades partidárias dos seus infiéis?

     

     


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