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- Contato Brasil, 26 de novembro de 2024 13:41:10
(Recife-PE) O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nunca engoliu Bolsonaro. A briga é antiga, vem desde o tempo em que disputavam eleições proporcionais no Rio de Janeiro, onde ambos têm domicílio eleitoral. Enquanto Bolsonaro tinha votações cada vez maiores, Maia crescia feito rabo de cavalo, para baixo.
Maia nunca engoliu a chegada de Bolsonaro ao poder. Isso ficou mais que evidente nos arranca-rabos entre eles durante a tramitação da reforma da Previdência. Prestes ao texto ser votado no plenário da Casa, Maia disse, ontem, que o mérito era do parlamento e não do executivo uma eventual aprovação em primeiro turno do texto básico da reforma previdenciária.
Para o presidente da Câmara, o Governo atrapalhou mais do que ajudou. “O resultado desta semana será o resultado do esforço, do trabalho e dedicação de cada deputado”, destacou. Traduzindo: se a Câmara fosse depender do Governo não tinha reforma.
Última tentativa – Os governadores foram chamados a Brasília, hoje, para uma última tentativa de acordo em cima da proposta de inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência. Mas dificilmente darão um passo adiante. Enquanto governadores de peso, como João Dória (PSDB), apresentam posturas dúbias, Paulo Câmara prefere não atender ao convite da Casa Civil.
Na contramão – O PSB deu, ontem, mais uma pisada de bola ao fechar questão contra a reforma da Previdência no plenário da Câmara. Já havia se posicionado contrariamente na comissão especial. Prevaleceu a vontade dos governadores e o desejo do presidente da legenda, Carlos Siqueira. Na comissão especial, os deputados socialistas votaram contra.
Buscando o voto – Para evitar surpresas de última hora, o governador Paulo Câmara ligou para todos os deputados da sua base na Assembleia pedindo o apoio para aprovação do advogado Carlos Neves, indicado por ele para o Conselho do Tribunal de Contas. Seguro, mandou o presidente da Casa, Eriberto Medeiros, fazer a votação em plenário quinta próxima.
Em Brasília – O prefeito Geraldo Júlio embarcou, ontem, bem cedo, para Brasília, ao lado do presidente do PSB, Sileno Guedes, e do chefe de gabinete do governador, Milton Coelho. Na agenda, a reunião da executiva nacional socialista para fechar questão contra a reforma da Previdência.
Com João – O deputado federal Felipe Carreiras, que vinha mantendo uma postura de certa independência em relação ao seu partido, o PSB, vai votar contra a reforma da Previdência. E para 2020, já se acertou com João Campos, abandonando a ideia de disputar a Prefeitura do Recife.
VERGONHA – Enquanto Paraty, no litoral fluminense, foi incluída na lista de patrimônio mundial da humanidade pela Unesco, e no último final de semana sediou a tradicional festa literária, Olinda capenga. Uma das suas principais vias de acesso, a Avenida Presidente Kennedy, virou uma pocilga.
Perguntar não ofende: Rodrigo Maia quer entrar na disputa pela Presidência em cima dos erros de Bolsonaro?