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- Contato Brasil, 26 de novembro de 2024 17:41:23
(Recife-PE) As manifestações pró-Bolsonaro, ontem, nos principais centros do País, superaram as expectativas dos organizadores e do próprio Governo. O sucesso reforçou uma dupla leitura: quem trocou o descanso do domingo em casa pelo ato verde e amarelo nas ruas deu mais um voto de confiança a um Governo repleto de tropeços administrativos e deslizes políticos ao mesmo tempo evitou que Bolsonaro passasse pelo vexame de atrair uns gatos pingados, o que o fragilizaria muito mais.
No poder, é muito arriscado convocar o povo para protestos. Abalado pelo impeachment, Collor pediu para a população ir às ruas de verde e amarelo. O tiro saiu pela culatra: os brasileiros foram de preto. São casos diferentes, mas com uma semelhança: ambos queriam dar demonstração de força ao Congresso. Bolsonaro deu, mas nem seus líderes estão confiantes de que, depois de ontem, as relações com o parlamento melhorem.
Defesa de Moro – No Recife, a Avenida Boa Viagem ficou estampada com as cores da bandeira do Brasil de um canto a outro. Os organizadores calcularam em 65 mil manifestantes. A Polícia Militar não se arriscou a fazer estatísticas. Houve faixas condenando o Centrão, os partidos de esquerda e um grande coro em favor do ministro da Justiça, Sérgio Moro, alvo de derrotas na Câmara.
Vaias em Petrolina – Adversários do governador Paulo Câmara em Petrolina espalharam nas redes sociais o vídeo em que o público reage com vaias e ao discurso do socialista na inauguração de um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida, sexta-feira passada, naquele município, com a presença de Bolsonaro. Rompido com os Coelho, Câmara não se surpreendeu.
Porcos – O deputado Paulo Pimentel (PT-RS) agrediu os nordestinos ao compará-los com porcos, mas depois retirou o seguinte post das redes sociais. “Ao ver pessoas aplaudindo Bolsonaro no Nordeste, lembrei daquela frase que diz: Você pode dar banho no porco, deixar ele limpinho, mas ele sempre vai querer voltar para lama”. Um sem-vergonha!
Voto isolado – Para não passar por cima da determinação da direção do seu partido, o PSB, de votar contra, o governador Renato Casagrande, do Espírito Santo, foi a única voz destoante entre os chefes de Estado do Sul e Sudeste, que saíram de encontro em Gramado (RS) fechados no apoio à reforma da Previdência. Com um detalhe: não exigiram nada em troca
Nas bases – Não reeleito, o ex-deputado João Fernando Coutinho (Pros) mantém os pés em suas bases eleitorais. Passou o fim de semana, por exemplo, nas festividades dos 70 anos de emancipação política de Tabira. Há quem diga que ganhará cargo no Governo Bolsonaro.
CALOTE – O ex-prefeito de Paulista, Yves Ribeiro, está trocando o PSB pelo PSC para disputar, mais uma vez, a Prefeitura daquele município. Sem espaço no ninho socialista por causa do prefeito Júnior Matuto, Ribeiro faz, ao mesmo tempo, uma opção por outro grupo político no Estado: o clã dos Ferreira, liderado pelo prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira.
Perguntar não ofende: Como o senador Fernando Bezerra explica o voto do filho Fernando Filho contra a manutenção do Coaf com Moro?