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  • Contato Brasil, 23 de dezembro de 2024 00:33:39
Jorge Henrique Cartaxo
  • 15/05/2019 18h17

    A desasnar

    Ministros folclóricos continuam inundando a mídia com diatribes de toda ordem

    Quadro de Iberê Camargo "O Idiota"( foto: Imagem internet)

    O  governo Bolsonaro começa a fazer água. O cenário político é o caos. No Congresso, ninguém se entende. Na área econômica, Paulo Guedes, o bufão,  tem ficado nu. Seus números e teses contra o servidor público e os investimentos sociais (e não despesas), como saúde, educação, aposentadorias e segurança perdem credibilidade. Como se fosse pouco, das janelas dos Palácios, o Jair Messias vocifera tolices a cântaros. Na outra ponta, seus pimpolhos brindam a Nação com sandices e suspeitas de toda ordem. Num delírio perigoso, um deles defendeu o investimento em armas atômicas no Brasil. Um outro, o senador, parece cada dia mais enroscado nas tramoias do foragido Queiroz.

    Ministros folclóricos continuam inundando a mídia com diatribes de toda ordem. São eles: Damares, Ernesto e o impronunciável Weintraub. Os desmandos são tantos e tão frequentes que há quem considere haver nesse vendaval alguma racionalidade maligna. Como se estivessem apostando no caos institucional  em busca da alternativa autoritária. Não parece provável, mas a hipótese deve ficar no radar.

    No sensível universo da economia, que sinaliza estrondosa recessão, começa a expandir-se a compreensão de que nosso problema fiscal é a divida interna que  suga 47% do PIB, enquanto a Previdência Social, 25%. O dinheiro transferido para pouco mais de 10 mega especuladores vira champagne em Paris.  Já os rendimentos previdenciários viram investimentos. Os cidadãos gastam, compram e pagam impostos. A economia anda! Office boy de banqueiros, Paulo Guedes quer acabar com a previdência pública brasileira, criada pela Constituinte de 1988. Não deve vencer!

    As manifestações de ontem foram o primeiro alerta. As universidades foram às ruas! Bolsonaro prestou um grande serviço ao País ao banir o PT da presidência da República. Lamentavelmente não parece ter entendido o seu papel político e histórico. Caminha célere para o desastre ou a promoção de uma das maiores crises institucionais da história republicana do Brasil.  Lula é um cafajeste esperto, crupiê de bordel da periferia.  Dilma, apenas uma louca deslumbrada. Já o senhor Bolsonaro é áspero, rude, inculto, fora do lugar, quase um idiota.

     O mais grave é que há uma vazio no País. Vivemos sob uma ordem medíocre crescente e orquestrada. Há uma repulsa ao mundo culto, intelectual, ao gosto refinado e a sofisticação estética. Ser vulgar é chic nestes tempos tenebrosos do Brasil. 


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