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- Contato Brasil, 23 de dezembro de 2024 05:46:16
A desordem institucional causada pela decisão dos ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes, ofendendo a Constituição, a liberdade de imprensa e a liberdade de opinião dos cidadãos brasileiros parece ser bem mais grave e profunda do que os fatos conhecidos sugerem.
Desde o início da Lava Jato que se observa um crescente e tenso enfrentamento no STF, no que se refere à urgente e inadiável moralização pública no País. Toffoli teve a ousadia de mandar soltar o condenado José Dirceu, por exemplo. Não foram poucas as manobras para tentar soltar o Lula e outras tantas que tentaram rever a prisão em segunda instância, já referendada em pelo menos em duas votações no próprio Supremo.
Certamente, a ousadia de Toffoli&Moaraes restabelecendo a censura e a intimidação, inconstitucionais no País – com certeza sob orientação e o apoio do sempre suspeito Gilmar Mendes – se inspiraram nas últimas denúncias veiculadas pela edição digital da Crusoé, revelando a participação de Toffoli nas bilionárias tramoias da Odebrecht. Apesar do pretexto aparentemente individual, o objetivo era mais amplo. Parte importante do Congresso Nacional está sob investigação. Os presidentes da Câmara, Maia, e do Senado, Alcolumbre, são investigados na Justiça. Um número ainda não exatamente identificado de magistrados, podem ser citados nas delações do ex-governador Sérgio Cabral, preso no Rio de Janeiro. A CPI da Lava Toga – que quer investigar eventuais desmandos e corrupção na Justiça brasileira – pode ser resgatada a qualquer tempo. Soma-se isso os inúmeros pedidos de impeachment contra Toffoli, Mendes e agora Moraes.
Portanto, a ousadia da dupla Toffoli&Moraes tinha amplas intenções e acreditava ter o aplauso da maioria enrolada no Congresso, na própria Justiça, possivelmente na OAB e em outros recantos obscuros da República. Para mostrar que não estavam para brincar e que estavam seguros do que faziam, decidiram intimidar e ofender um prestigiado general do Exército brasileiro, o Paulo Chagas. Queriam dar um recado para as Forças Armadas e, de tabela, para o presidente da República.
O pavor de Toffoli e Gilmar Mendes é crescente, daí o delírio, mas não agiram isoladamente. Ha tentáculos desse grupo nos três poderes da República. O Brasil traz na sua gênese o câncer do patrimonialismo. A geração que herdou a democracia em 1984, a pior da história republicana, destruiu o País. Toffoli, Mendes e Moraes, nesse momento, são apenas a ponta visível do mal!
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