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- Contato Brasil, 23 de dezembro de 2024 05:24:17
O presidente Jair Bolsonaro, definitivamente, ainda não se entendeu no cargo que ocupa. Como bem observou o sempre oportuno Fernando Gabeira, Bolsonaro ia apreender a ser presidente no exercício da presidência. Acreditava-se que essa acomodação e percepção se dariam de forma mais ágil e menos ruidosa. Os fatos desmentem essa expectativa!
Ernesto, Vélez, Bolsonaro e filhos, não param de ostentar cenas ridículas no Brasil e alhures. O senhor presidente não tem o cuidado de sequer se orientar antes de falar tolices a cântaros por onde passa. É bem verdade que o Bolsonaro não é exatamente o governo Bolsonaro. Mas ele é o presidente da República. Temos desafios demais pela frente, para que se perca tanto tempo com asneiras de toda ordem que inundam a mídia e os olhos da Nação do esguicho tresloucado de ministros despreparados e de um presidente fora do lugar. Assim não dá!
A reforma da Previdência, por exemplo, precisa da postura adequada da Presidência da República na sua condução, até para rever aspectos inconsistentes da proposta sugeria pelo ministro Paulo Guedes. É bem verdade que, pelo menos até agora, ninguém apresentou um projeto alternativo ao sugerido pelo governo. Apenas dois aspectos foram criticados de forma direta: a assistência aos idosos, o BPC , e a aposentadoria rural. Também vista com bastante receio, a capitalização individual não será aceita sem alterações importantes. Mas a falta da presença qualificada do presidente nesse debate e a própria desarticulação no Congresso, começam a incomodar e a comprometer a credibilidade e a autoridade do próprio presidente da República.
E para encher o balde, ainda temos as bizarrices de Olavo de Carvalho que é tratado pela mídia e parte do governo como uma espécie de oráculo. Que o presidente e seus filhos tratem de forma religiosa sua rasa ideologia, para mantermos um pouco da elegância, é um problema doméstico. Agora, trazer delírios para a mesa dos assuntos de estado, complica! Ofender o que esse governo tem de melhor, os militares, pode entornar o caldo.
O Brasil não quer e vem tentando afastar uma eventual crise institucional. Ela ainda nos ronda, porque temos uma estrutura política majoritariamente corrompida e um poder judiciário que produz mais insegurança jurídica do que justiça. Parte importante do País quer acertar o passo, achar um rumo, construir um caminho. Mas o presidente tem que ter postura e senso para que isso seja de fato edificado e conquistado.
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