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- Contato Brasil, 23 de dezembro de 2024 06:09:34
Tancredo Neves, que foi no seu tempo uma espécie de referência de habilidade e coragem política, costumava dizer que não se deve nomear alguém que não se pode demitir. A observação do matreiro líder mineiro vai ao encontro da crise criada, basicamente, pela mídia em torno da demissão do resistente Gustavo Bebianno, exonerado na segunda feira do posto de Secretário Geral da Presidência da República.
Quem é mesmo este senhor? De onde ele veio e qual sua história política? Qual a importância que ele teria nesse governo? É verdade, ele foi um aliado da primeira hora da candidatura Bolsonaro à presidência da República. E daí? Pode ter sido um apoio importante na campanha e se tornado uma temeridade no Palácio do Planalto, no exercício real do poder! Bolsonaro achou melhor afasta-lo. Onde esta a crise nisso? Porque essa demissão teria gerado arrepios no Congresso? Não faz sentido, porque na verdade é uma crise artificial! Nem mesmo as ameaças de que Bebianno iria revela “segredos” da campanha de Bolsonaro, como se houvesse ilegalidades e outras temeridades a serem reveladas, prosperou. E tudo isso, sob o entusiasmo da mídia que não esconde seu desconforto com o presidente Jair Bolsonaro.
É bem verdade, e cabe sublinhar, que o presidente e o seu filho Carlos, não tiveram o comportamento adequado. Fazer criticas a um ministro pelas redes sociais e numa linguagem de gente da periferia, não é exatamente adequado para quem exerce a presidência da República. Há de se ter postura, ha de se respeitar as liturgias. Depois, não se trata um auxiliar, mesmo que em falta, dessa maneira. O cerimonial do Palácio do Planalto deveria providenciar, urgente, um curso de boas maneiras para a família presidencial!
A prisão do presidente da CNI, Robson Andrade, suspeito de coordenar um verdadeiro saque nas bilionárias verbas do Sistema S, tratado com absoluta prudência pela grande mídia, esse sim é o grande gargalo do País e não as aleivosias do senhor Gustavo Bebianno. O grande embate do governo Bolsonaro – se verdade o que ele e Guedes disseram ao longo do processo eleitoral – será contra a nossa elite corrupta e patrimonialista, tão bem simbolizada pelo senhor Robson Andrade, e um Congresso constituído majoritariamente por malfeitores de toda ordem.
A palavra mais pronunciada nos últimos dias por políticos e a grande mídia é “negociação”. Dizem que falta tinta na caneta do ministro Onyx Lorenzoni. Na verdade, com o apoio da grande mídia, essa gente quer cargos, prebendas e propinas. Simples assim!
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