(Brasília-DF) Dizem que foi Delfim Neto, o Bruxo da Economia nascido no Cambuci, que afirmou que a “A Parte Mais Sensível do Corpo Humano é o Bolso”.    Se é assim, o coração onde habita as ideologias, no lugar do cérebro, vai ficar esperando.

O governador de São Paulo, o carioca que governa a maior economia do Brasil, no dia em que São Paulo celebrava o 9 de Julho, Revolução de 1932, a guerra que eles perderam, mas celebram - chegou a comemorar a decisão do presidente Donald Trump em sancionar o Brasil.

Foi na carona do deputado licenciado de São Paulo, Eduardo Bolsonaro, que disse “Coloque o seu agradecimento ao Presidente Donald Trump abaixo e vamos rumo à lei Magnistky!”, em sua conta no X (Antio twitter).

No sábado,12, Tarcísio de Freitas frente a enorme resistência da elite paulista a conversa, frente ao estado que mais vai perder dinheiro se as sanções de tarifas de 50%  começarem a valer no dia 1º de agosto, não esquecendo a epítome de mês do desgosto, mudou de rota.

Ao ser questionado sobre se era a favor da anistia aplicada pelo Congresso para acalmar Donald Trump, como falaram tanto Eduardo Bolsonaro como o senador Flávio Bolsonaro disse:

"Isso é questão de ponto de vista. Nesse momento, eu tenho que olhar o estado de São Paulo. Existem interesses que precisam ser preservados, das nossas empresas, dos nossos produtores. É isso que a gente tem que botar em primeiro lugar. Eu fiz alguma petição lá, peticionei alguma coisa? Não, né?"

A paixão bolsonarista foi colocada de lado. Tarcísio de Freitas foi eleito pela paixão bolsonarista, mas ele comanda o bolso da elite paulista que não quer saber dessa questão mesmo detestando o lulismo. Se é Lula que está à frente do país, licença, primeiro as coisas primeiras! Primeiro as coisas primeiras, como adaptaram os yankees, de um trecho bíblico de Mateus.    Os evangélicos mais estudados vão concordar com Tarcísio de Freitas ao arrepio da paixão bolsonarista. A turma da prosperidade acima de tudo!

Não resta dúvida que essa questão, toda essa polêmica no Bolsonarismo é uma grande oportunidade para o lulismo que estava nas cordas e vai colocar uma pulga atrás das orelhas do Centrão, que não é de colocar mão em ponta de faca.

Vamos viver nos próximos dias, já estamos vivendo, uma batalha nas redes sociais para ver o que você, respeitável público acha disso tudo. Frente a realidade e a pressão da agenda pouco vai importar.  A disputa vai ser longa, mas as decisões tem que ser agora.

O mês de julho é o mês de férias, as pessoas se desconectam, de habito, mas a chegada do agosto promete ser impactante, seja em que cenário for. 

O governo promete, sob comando do ministro e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que os paulistas respeitam por motivos óbvios, apesar das irritações vistas quando ele se juntou a Lula, vai reunir o empresariado para tratar do assunto.  Corre-se o risco de vermos muito bolsonaristas participando desses convescotes.

Gente que não conversava com Alckmin há mais de dois anos e que votou nele por 20 anos deverá procurá-lo, tudo indica, pois como dizia Delfim Netto, que tão bem conhecia a elite paulista, a parte mais sensível do corpo humano é o bolso!

Vamos viver aqui em Brasília os últimos dias antes do tal recesso que se dará à espera de agosto.  Dias que, de hábito, a Capital Federal costuma se esvaziar dos políticos.  Tudo indica que tanto empresários como políticos não deverão deixar os corredores do poder às moscas à espera de agosto!

Por Genésio Araújo Jr, jornalista.

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