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- Contato Brasil, 01 de julho de 2025 16:54:01
(Brasília-DF) Gostaria de tratar de outros assuntos, como a Semana do São João, da direita anticonstitucional ou da esquerda de velhas ideias, de poderosos que fingem que querem lhe defender, mas defendem seus interesses e tratam o Estado como se fosse deles. Gostaria de tratar disso, mas esse Donald Trump não deixa!
O presidente dos Estados Unidos anunciou na noite desse sábado, 21, dia seguinte ao início do verão no Hemisfério Norte, que sua Força Aérea fez um ataque a locais nucleares no Irã, incluindo Fordo, Natanz e Isfahan.
Ele enviou os enviou bombardeiros furtivos B-2. Essas aeronaves podem carregar até 16 bombas nucleares B83 ou duas bombas GBU-57A/B, conhecidas como "bunker busters".
Ainda não se tem uma ideia de como ficou. Donald Trump diz que acabaram tudo, foi um grande sucesso, os israelenses disseram que programa nuclear iraniano foi atingido "substancialmente". Analistas independentes avaliam que o programa nuclear do Irã só irá parar se o regime for mudado.
Donald Trump poderia esperar até duas semanas para agir militarmente contra o Irã, como divulgou sua porta-voz Karoline Leavitt. Mais um blefe do notório blefador, Trump, um empresário com origem no mercado imobiliário, famosos por blefarem. Ele cumpriu a máxima dos guerreiros romanos e largou uma ação militar no início do verão.
Temos mais perguntas que respostas neste momento.
O aumento dos custos do petróleo vai mexer com o mundo, visto que nesta época do ano se precisa menos de petróleo?
A base do chamada MAGA (Make America Great Again) que não quer saber de guerras vai aceitar essa ação de Donald Trump como um ato isolado ou o início de uma campanha?
O Irâ faz parte do grupo econômico, e não militar, BRICS desde 2024, que incluiu as potências nucleares China e Rússia, que falam entre si mas não deram declarações veementes até o momento. Eles vão comprar essa briga ou vão se aproveitar dela?
Os Estados Unidos conseguiriam uma mudança de regime no Irã só com uma campanha de bombardeios ou precisam de uma campanha por terra?
Os europeus que são críticos da proliferação de armas nucleares e, agora, também, dos israelenses, vão tomar lado nessa guerra como fizeram com a guerra Rússia-Ucrânia?
Os membros dos BRICS vão ficar calados, não com o bombardeio, mas com a possibilidade de uma mudança de comando no regime do Irã?
A Rússia e a China ganham mais motivos para fazerem o que quiserem na Ucrânia e em Taiwan?
A Venezuela fica à vontade para se apropriar da região de Essequibo, na Guina Francesa, e ninguém pode se meter nisso?
Uma coisa ficou clara nisso tudo. O tal Domo de Ferro, de Israel, visto como intransponível não o é, horas antes do ataque os Estados Unidos o chefe das Forças Armadas de Israel, Eyal Zamir, ao destacar que seria uma campanha prolongada disse que “embarcamos na campanha mais complexa de nossa história”. Israel não teria o fôlego inesgotável para entrar em tantas brigas se não fossem os EUA.
O Mundo, além do que Donald Trump faz, ou indica fazer, vê os limites de Israel e o efetivo fim do chamado multilateralismo. Essas dúvidas e perguntas não precisamos mais fazer!
Por Genésio Araújo Jr, jornalistas
e-mail: polí[email protected]