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- Contato Brasil, 02 de julho de 2025 03:28:18
(Brasília-DF) Esta semana que se inicia é a chamada “Semana do Dia do Trabalho”. Infelizmente, as pessoas pensam mais no descanso anunciado do que na relevância de se discutir como está o trabalho hoje e como será o seu futuro.
Na definição clássica de meios de produção, aprendemos que o capital e o trabalho são que movem a produção.
Na chegada desses primeiros 25 anos, ¼ da centúria, deste Século 21, nós jornalistas, testemunhas da história, mostramos a tremenda crise que tanto o capitalismo como o trabalho estão vivendo.
O presidente Lula já avisou aos sindicatos que não irá participar dos tradicionais eventos do Dia do Trabalho. Como imaginar que a maior referência do Partido dos Trabalhadores não vai celebrar o Dia do Trabalho?!
Os capitalistas tradicionais, esses que vemos nas portas das lojas, dizem que não conseguem ter força de trabalho, em muitas situações, pois os programas sociais reduzem essa força. Duvido que eles tivessem esse problema se pagassem melhor!
A humanidade chegou onde chegou pois teve que responder perguntas. O capitalismo vive uma tremenda crise e o sindicalismo também!
Se um líder trabalhista, de origem, age assim, no Brasil, nos Estados Unidos, a maior nação capitalista do Planeta vê seu presidente defendendo o retorno das industrias em seu país usando da prática velha do tarifaço.
Qualquer jovem estudante de economia sabe que as cadeias globais, o automatismo e a inteligência artificial não vão permitir que se volte a ter trabalho abundante para os trabalhadores norte-americanos.
O sindicalismo está em frangalhos e os capitalistas acham que os ganhos de produtividade das novas tecnologias os vão fazer ficar mais ricos, sem trabalhadores, e mais felizes. Tolice. Se esquecem, todos, que não existe felicidade sozinho.
O sonho da prosperidade tão em evidência nos dias atuais não é para todos. Os novos capitalistas da tecnologia pensam que vão controlar uma situação em que não cabe todos. Só adiam soluções pensando que a era do conhecimento vai encontrar uma solução para a crise do trabalho.
Os trabalhadores e os capitalista precisam que o modo de viver se mantenha na liberdade de oportunidades e garantia de direitos, seja para quem for.
A crise do trabalho é a crise do capitalismo e da democracia. A extrema direita pensa que pode fazer o mundo andar para trás e a esquerda festiva pensa que a felicidade é para todos.
Não podemos ser cínicos com nossas encruzilhadas. Temos que ser éticos para buscar respostas que sirvam ao bem da maioria. A democracia ainda é a melhor alternativa, porém ela não resolve tudo.
Vamos ter que continuar lutando para encontrar respostas. A vida depende de água, a humanidade depende de respostas.
Por Genésio Araújo Jr, jornalista
e-mail: polí[email protected]