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- Contato Brasil, 04 de julho de 2025 17:39:03
(Brasília-DF) O famoso autor do romance “O Retrato de Dorian Gray”, Oscar Wilde, teria dito que “as pessoas mais interessantes são os homens que têm futuro e as mulheres que têm passado”. Interessante que a famosa obra desse intelectual ,celebridade do século 19, também fale da busca da juventude eterna.
No Brasil, se diz que ‘homem tem que ter futuro e mulher passado’. Algo sexista nos dias atuais de mulheres empoderadas, mas que existe no mundo do poder!
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de mostrar para os novos prefeitos e prefeitas que estiveram em Brasília a convite dele para discutirem novas formas de captar recursos no Governo Federal, além das, então, inesgotáveis emendas parlamentares – que tinha futuro. Ele esteve saltitante em sua fala na terça-feira, da 11 de fevereiro.
Foi atropelado pela pesquisa Datafolha da sexta-feira, 15, que o mostrava com apoio, só, de 24% e uma rejeição de 41% dos brasileiros e brasileiras. Não está em questão a antipatia dos bolsonaristas e antipetistas ,que mesmo que ele pinte tudo de azul e distribua ouro na rua vão abominá-lo. Chamou atenção a rejeição que ele enfrenta entre mulheres, pretos, pardos, mais pobres, nordestinos e menos escolarizados.
A rejeição cresceu de forma muito forte nos últimos dois meses. O declínio foi de 20% entre quem votou nele nas últimas eleições, contra 11% na média geral.
Uma pesquisa Ipec, divulgada em seguida, mostrou que 62% dos brasileiros e brasileiras avaliam que ele não deva ser candidato à reeleição. Entre os que votam nele essa margem é de 32%, era de 24%. Entre os que vêm que ele não deve ser candidato, 36%, a sonora maioria, diz que ele faz um mau governo. Em seguida, 20% o consideram corrupto, uma clara taxa dentro dos antipetistas e bolsonaristas mais ferrenhos. Uma conta histórica.
Nada garante que Lula está morto. Para quem esteve na chapa presidencial por 9 vezes enfrentou o que ele enfrentou, e sobreviveu, não dá para dizer isso. Nada garante que ele, também, vá reverter esse quadro.
Lembrando Oscar Wilde, Lula poderá ficar desinteressante mesmo ainda tendo uma caneta com metade da tinta. É inegável que seus opositores estão felizes, mas o que surge além de sua retomada ou fracasso é a janela de que poderemos ter em 2026 uma eleição sem Lula e Bolsonaro na chamada “cédula eleitoral”.
As infelicidades de Lula deverão atrapalhar mais ainda os sonhos daqueles que desejam a anistia para os invasores, vândalos e golpistas do 8 de janeiro, até porque se sabe que eles desejam incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro no grupo.
Para a maioria daqueles que vêm o Brasil muito além desse tóxico ambiente que atrapalha nosso futuro o ideal seria não ter Lula e Bolsonaro na disputa de 2026.
Eles, certamente, de uma forma ou de outra serão os grandes eleitores de 2026. É a única certeza que temos até agora.
Por Genésio Araújo Jr.
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