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  • Contato Brasil, 24 de novembro de 2024 13:40:47
Genésio Jr.
  • 24/11/2024 10h14

    Avaliando a cena após indiciamentos!

    Chamou muita atenção a nota divulgada pelo General Walter Braga Netto, que foi vice na chapa de Bolsonaro

    Braga Netto preferiu falar de lealdade a Bolsonaro( Foto: Jovem Pan)

    (Brasília-DF) Meu Deus!  Vamos torcer, de pé juntos, que nesta última semana de novembro não tenhamos mais uma turbulência, já basta as que enfrentamos!

    Depois do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 já sabemos que só teremos novidades em 2025, porém o rescaldo inicial do bombardeio ao bolsonarismo chama atenção.

    Chamou muita atenção a nota divulgada pelo General Walter Braga Netto, que foi vice na chapa de Bolsonaro, também indiciado no caso da tentativa de Golpe de Estado com a divulgação de plano para assassinar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.  Ele preferiu destacar seu currículo, inclusive a intervenção na Segurança Pública do Rio de Janeiro e sua lealdade ao ex-presidente, seja ontem ou hoje.  Ele falou em “Golpe dentro do Golpe”.   Estranho!

    Todo mundo sabe que sempre foi estranho generais de quatro estrelas darem continência para um capitão reformado que era acusado de insubordinação, algo inconcebível na caserna. Todo mundo achou estranho que Bolsonaro tenha escolhido um militar sem votos para ser vice na reeleição e, que se sabe, monitorou todo o milicianismo no Rio de Janeiro, conhecidamente ligado a Bolsonaro.  Golpe dentro do Golpe?  O que é isso?

    Tem gente que monitorou o tamanho da solidariedade de gente do PL, partido de Bolsonaro, após seu indiciamento.  A solidariedade não foi como no passado. Já se sabe que 2/3 dos bolsonaristas no Congresso já pensam em quem seria o candidato contra Lula, provavelmente, em 2026.  O projeto para uma anistia aos raias-miúdas ficou pequeno ,imagina um que possa dar novamente os direitos políticos para Bolsonaro?

    Os líderes de direita, ou centro-direita, notadamente do Centrão, que poderiam estar com o projeto de Bolsonaro em 2026 ficaram calados.  Não se sabe se para não desagradar ou porque, simplesmente, não vem motivo para agradá-lo.  Um dos filhos de Bolsonaro cobrou solidariedade do emergente ultradireitista Pablo Marçal, que também ficou calado.

    Não é o caso de se falar do ocaso do bolsonarismo. É inegável que face a incapacidade da turma de centro-esquerda, especialmente o PT e Lula ainda não terem encontrado rumo para conversar com essa turma que é pobre, mas não quer ser pobre, o bolsonarismo terá seu espaço. Muita gente não está nem aí em ficar de boca calada contra a desumanidade, cerne do bolsonarismo, em nome de outras lutas e pelo antipetismo. 

    Muitos acreditavam que o bolsonarismo iria tomar de conta da centro-direita democrática ,não se teria chance de mais nada. Do outro lado, Lula, sem dar espaço para outros, nos manteria agarrados a essas falsas verdades. Já se avalia como factível que o bolsonarismo poderá ser arrastado pelo centro.  O futuro ainda é incerto.

    Se vê Bolsonaro inelegível, e ficará assim, irracionável pensar em contrário, e Lula mesmo com a economia respirando bem, não consegue que seu governo seja bem avaliado

    Tudo indica que após as mudanças no comando das Mesas da Câmara e do Senado se formaram dois grandes blocos políticos.  PSD-MDB-União e PL, Progressistas e Republicanos. Esses grupos serão decisivos para o bem e para o mal.  Eles pensam em eleger o próximo presidente. Lula parte na frente face a situação de Bolsonaro, mas nada garante que um dos grupos possa convencer o outro, ou parte dele, num projeto novo.

    Quem pensa que 2026 já chegou, pode ficar certo, chegou!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista.

    e-mail: polí[email protected]

     

     

     


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