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  • Contato Brasil, 21 de novembro de 2024 07:20:09
Genésio Jr.
  • 22/09/2024 11h12

    Seria verdade?!

    A vida real da comunidade nos ensina que as paixões são importantes, sim, mas a vida real nos ensina que paixão não põe mesa

    Seria verdade o fim dessa chatice?! ( Foto: money report)

    (Brasília-DF) Nada como a vida real. Não sei se o fato da Rede Social X, campeã entre todas na conta da polarização - ter sido suspensa no país, mas o que a gente percebe é que as pessoas estão menos influenciadas pela chamada polarização na política.

    Vamos lá.  Nessa crise das queimadas que ficou mais evidente de agosto para cá, talvez pelo prejuízo que venha dando nos recursos hídricos qual está fazendo com que o modal fluvial, tão importante para o agronegócio e a mineração, tenha sido fortemente atingido - assim como as imagens de tratores sendo devorados pelas chamas fez com que um público, mais afeito a colocar dúvidas no impacto ambiental global – tenha tomado entendimento.

    Outra coisa, as maiores eleições municipais brasileiras da história, após a revolucionária pandemia do covid-19 e intensa crise econômica, tinham tudo para serem marcadas pelas feridas desse tempo. Não esqueçamos que há menos de 2 anos vivemos a eleição presidencial mais disputada deste século, marcada por intensa polarização. Faltando 13 dias para o pleito em primeiro turno, a polarização imaginada não aconteceu como se esperava.

    A cidade de São Paulo era vista como um grande laboratório da polarização. As idas e vindas do ex-presidente Jair Bolsonaro e a pouca presença do presidente Lula na eleição paulistana não configuraram, até o momento, em nada do que se esperava. O que se observa lá, e em boa parte das grandes cidades, é a influência do resultado das administrações locais e a força das lideranças regionais

    Tudo indica que os partidos que mais prefeitos terão no Brasil serão o MDB e o PSD. Outros partidos do Centrão, que bebem nas duas fontes da polarização, também devem avançar. O PL de Bolsonaro e o PT de Lula devem crescer, mas não se estima um “assombro”.

    As pessoas vivem nas cidades, nas vilas, nos distritos, nas comunidades. O fogo e a gestão de suas vidas parecem que não cabe na boba polarização.

    Chamou atenção que tenha gestor, como Mauro Mendes, do Mato Grosso, famoso pelo ambiente bolsonarista, defenda prisão severa para incendiário. Ele falou com tanta veemência que parecia um bolsonarista defendendo pena de morte para assassino ou jaula para bandido, como se oferta para ferozes animais.

    A única das grandes cidades brasileiras em que um bolsonarista-raiz aparece ganhando, , mas mirando disputado segundo turno, até o momento, é Fortaleza, com o deputado federal André Fernandes(PL-CE), mas segundo analistas de pesquisas mais por conta de falar que não é aquilo que diziam dele. Ele estaria furando a bolha, mas por méritos próprios. Algo precário, é bom que se diga.

    A vida real da comunidade nos ensina que as paixões são importantes, sim, mas a vida real nos ensina que paixão não põe mesa.

    Muita gente achava que estávamos condenados, eternamente, a polarização que atinge boa parte do planeta.

    Já foi dito que o Brasil era o país da felicidade, onde Deus fazia morada. Nos últimos tempos tínhamos certeza que isso foi uma ficção que apresentaram para nós. Dizem que os livros, de ficção, ficam melhores quando os lemos outra vez. Será?!  Brasil sempre nos surpreendendo...por enquanto!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista.

    E-mail: polí[email protected]

     


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