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- Contato Brasil, 26 de dezembro de 2024 07:51:24
(Brasília-DF) Os alarmes do Inmet sobre as chuvas mais severas no Rio Grande do Sul só ficaram claros no dia 29 de abril. No dia 30, já se confirmavam as primeiras 5 mortes. O domingo, Dia das Mães, nos confirmava mais de 2 milhões de pessoas afetadas, mais de 537 mil desalojados, mais de 81 mil pessoas em abrigos, 446 municípios efetados e 136 pessoas mortas.
O presidente Lula já foi ao Rio Grande, em comitiva, duas vezes. Já foram anunciados R$ 50 bilhões para atender o Estado. O governador Eduardo Leite, a princípio, estima em R$ 19 bilhões para reconstruir o Estado, mas especialistas já falam em R$ 90 bilhões.
Na segunda-feira, Eduardo Leite foi convocado ao Planalto para se discutir a continuidade do pagamento da dívida do Estado com a União. Todos se emocionaram, no fechamento da semana, com o resgaste do cavalo caramelo.
As chuvas voltaram a cair fortes no Estado no final de semana das mães. O país não esconde que sofre com a devastação ambiental, humana e social dos gaúchos.
São tantas mazelas com ideais conspiratórias nas redes sociais, muitas fake news que desmoralizam e mistificam, a violência que se faz contra mulheres e crianças em abrigos, a bandidagem dos corsários que atuam na navegação improvisadas nas ruas alagadas.
Não se sabe quando isso vai começar a melhorar, ao menos as águas vão baixar. Surgem os refugiados ambientais. Tudo isso, parece, clima de guerra, mas nós temos um país de mais de 200 milhões de habitantes que continua a viver.
Enquanto isso se dava, o presidente Lula, que andava mal das pernas junto a camadas inteiras da sociedade, que não conseguiam perceber melhoras em suas vidas – ganhou fôlego.
O risca-faca que virou a crise do veto a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores ganhou uma proposta de oneração. Foram aprovadas medidas no Senado que garantiram recursos para, entre outras coisas, atender parlamentares dos outros Estados.
Mesmo se reclamando da articulação do Planalto, os vetos presidenciais que se imaginavam um show de horrores para o Palácio do Planalto não se deram na última quinta-feira como se imaginava. Até o derrubada do veto a Lei de Diretrizes Orçamentárias(LDO), que interessava ao Centrão, o dono do Congresso, qual criava um calendário de liberação de emendas -- foi adiado.
Para completar, Lula, dormiu de quinta-feira para sexta-feira em Alagoas, depois foi a Bahia, mas o que chamou atenção é que conseguiu a proeza de colocar no mesmo ambiente Renan Calheiros e Arhur Lira, assim como desafetos como João Henrique Caldas, prefeito de Maceió, e Paulo Dantas, governador de Alagoas. Lula ainda posou com Arhur Lira que chamou de líder, após uma chuvarada de vaias que o parlamentar recebeu em sua terra.
Tudo indica que o Congresso terá uma semana em que vai novamente deixar o Brasil de lado e continuar atento ao Rio Grande do Sul. Os governos e o parlamento vão ser cobrados sobre ações que não tomaram para cuidar do Meio Ambiente, que é reconhecido como um que apanhou e nos está dando o troco, agora.
Nosso problema de casa e da esquina não passou e continuamos com eles, mas os poderosos ganharam um tempo para demonstrar que os interesses deles não são maiores que o nosso e de quem sofre a olhos vistos!
Por Genésio Araújo Jr, jornalista
e-mail: [email protected]