( reeditado) 

(Brasília-DF) Penso que já devo ter dito por aqui, ou em meus comentários de rádio pelo Brasil, que Santo Agostinho, o santo e filósofo marcante, talvez o mais pecador entre os sábios cristão, dizia, com outras palavras em um dos tomos de “Cidade de Deus” , que a santidade não foi feita para os homens  Se queres ser santo, morra vá para o Céu, e que alguém acenda uma vela por ti (sic)

No Brasil, de hoje, os pecados ficaram mais evidentes e os poderes  constituídos parece que fazem mais que todos!

Erra o Executivo em querer ser dono da verdade e vetar quase tudo o que o Congresso aprova.

Erra o Legislativo, ao votar leis que não tem previsão orçamentária para serem suportadas.

Erra os Judiciário ao ficar se manifestando sobre tudo como se não fosse a regra o recato daqueles que, constitucionalmente, dão a última palavra.

Todos merecem mais que puxões de orelhas, merecem castigos. Já nos socorrermos da fé cristão meu amigo, ou minha amiga, leitor e leitora, pagãos. Se ficarmos no racionalismo que nada crê e tudo pensa, temos que nos servir da razoabilidade. Todos atropelam o ajuizado.

A última, e que vai abalar, foi essa decisão do Presidente Lula em judicializar a decisão do Congresso  por manter a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e de pequenas prefeituras, que chegou ao Supremo qual deu liminar do recém ministro Cristiano Zanin e que está sendo analisada pelo conjunto dos ministros da Supremo Corte.

Em tudo há dois lados. É evidente que a prorrogação, especialmente com a inclusão dos prefeitos e prefeitas favorecidos, é um atentado orçamentário e constitucional. O governo tem razão.

Os congressistas, em ampla maioria, representando a sociedade em sua plenitude, decidiram que a prorrogação era necessária pois a economia precisava disso assim como os prefeitos que tiveram muitas perdas, mas tem muitas responsabilidades. O Congresso tem razão.

Nas polêmicas, o Judiciário decide, mas seria ajuizado que um dos lados vencessem?! A regra nem sempre é o melhor caminho. Não é porque se tem razão que se deve exercê-la de ferro a fogo.

Às vezes temos todo o direito de dar uma palmadinha no bumbum de um filho travesso! Os franceses tradicionais chegam a dar tapa no rosto de seus pequenos.  Ora, ora, não é porque se tem o direito que se deve exercê-lo.

O momento nacional não merece tanto exagero, agora institucional. Antes lidávamos com chefes de Estado e de Governo que barbarizam em nome de um projeto iliberal. Hoje, vivemos exageros institucionais, não há personalismo de antes, mas não deixa de ser ruim para nossa democracia.

Está na hora dessa gente branca e poderosa entender que eles não são os donos do Mundo!

Por Genésio Araújo Jr, jornalista

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