• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 26 de dezembro de 2024 07:44:19
Genésio Jr.
  • 14/04/2024 11h48

    As surpresas podem continuar acontecendo!

    Teremos 10 meses para saber isso, não se apresse.

    Surpresas ainda podem vir9 Foto: surpresa,com.br )

    (Brasília-DF) Vingança é um prato que se serve frio. Essa expressão surgiu ainda no Século 19 dizem que é obra do francês Eugène Sue, no seu romance "Memórias de Matilda". Aqui no Brasil, se usa, também, “vingança é um prato que se come frio”. Apesar da mudança, serve para Chico e Francisco.

    Não se sabe se Arthur Lira, um tido improvável que pode entrar para história como o chefe da Câmara dos Deputados mais poderoso na redemocratização depois de Ulysses Guimarães, que influenciou dois presidentes e aprovou a Reforma Tributária, ou se quer virar um rancoroso e vingativo que não soube o tamanho que chegou.

    Teremos 10 meses para saber isso, não se apresse. 

    Todos estão especulando que depois que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que, diz ter mãe alagoana, não iria “descer a esse nível” para não dar resposta a Lira qual o chamou de “desafeto” e “incompetente”, ao tempo que foi mantido “mesmo que por birra” pelo presidente Lula no cargo - que Lira irá aplicar uma vingança, tocando uma “pauta bomba” nesta semana que se inicia de votações de vetos presidenciais em sessão do Congresso e mais que mais.

    Os radicais que votaram nele, para a reeleição ao comando da Câmara com recorde histórico de voto, adorariam.  Lira não é um erudito de ter lido o livro de Eugéne Sue, mas sabe que não pode cometer os erros de seus antecessores que tiveram protagonismo na Câmara dos Deputados, os ex-deputados Eduardo Cunha e Rodrigo Maia, ambos do Rio de Janeiro. 

    Lira disse recentemente que o que lhe aborrece mesmo é o não cumprimento de acordos de plenário e de orçamento.  Lira sabe que seu maior patrimônio, que será uma tendência para todos os presidentes da Câmara que vierem do grupo Centrão, é o controle orçamentário. Ele não vai se arriscar além disso como meta, são tolos os que pensam o contrário. Basta a ele não brigar com essa turma, que se serviu dele, para se manter altivo, nunca mais absoluto, destaque-se.

    Se Lira quer contribuir com o melhor, na pauta que vai além do orçamento, para sair bem gasta conduzir adequadamente o seu espólio que é a regulamentação da reforma tributária e ajudar a fazer o Supremo Tribunal Federal voltar para a “caixinha”.

    É tolice e retórica da extrema direita dizer que o ex-presidente Jair Bolsonaro é um perseguido pelo STF. É notório que ele trabalhou contra a saúde pública durante a pandemia, é notório que ele trabalhou contra a democracia.

    O Supremo Tribunal Federal cumpriu seu papel no momento histórico da pandemia e da defesa da democracia, mas não pode querer ser protagonista em tudo, especialmente ao permitir que o ministro Alexandre de Moraes seja sempre o último a errar e acertar.

    É sabido que Arthur Lira é contra mandato de ministro do STF, contra impeachment de ministro da Corte, mas ele pode colaborar, decisivamente, para que esta questão seja discutida em alto nível e em bases que volte a coloca-lo como personagem histórico do Brasil da polarização surgida.

    Lira, se guardar as armas que mataram Lampião na cova de Angicos, poderá ser surpreendente lembrado como um dos agentes públicos mais importantes e marcantes desses anos malucos.

    Tivemos surpresas de sobra, poderes ter mais!

    Por Genésio Araújo Jr.

    E-mail: [email protected]

     

     


Vídeos
publicidade