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- Contato Brasil, 27 de dezembro de 2024 12:46:10
(Brasília-DF). Nesta semana tivemos informações interessantes. Não vamos lutar contra elas. Vamos comentá-las.
Na terça-feira, 21, o instituto Atlas Intel divulgou uma pesquisa feita junto a um público de 5.211 respondentes, feita no modelo internet em que os entrevistados são recrutados organicamente durante a navegação de rotina na web em territórios geolocalizados em qualquer dispositivo (smartphones, tablets, laptops ou PCs). Pela primeira vez, desde o início do Governo, os números de pessoas que aprovam e desaprovam o Governo Lula ficou muito próximos. 50% aprovam e 47% desaprovam.
Historicamente, os Governo Lula chegam a essa faixa de aprovação em primeiro ano de mandato. As pesquisas Datafolha feitas, presencialmente, sempre entre 11.700 pessoas ou 12.800 pessoas apontavam Lula em novembro de 2003, o presidente eleito a primeira vez, tinha 42% de aprovação e 15% de desaprovação, enquanto em novembro de 2007, recém reeleito tinha 50% de aprovação e 14% de desaprovação.
Neste ano, Lula tem uma reprovação de 47%. No Sudeste é pior. Ele seria desaprovado com 49,1% e aprovado com 48,1%. A desaprovação aumentou no Nordeste, especialmente por conta dos problemas de segurança da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.
No dia seguinte a pesquisa da Atlas Intel, dia 22, o IBGE divulgou sua pesquisa PNAD Trimestral mostrando que a desocupação caiu a 7,7%, na região sul, na bolsonarista Santa Catarina, chega a 3,6%, quase pleno emprego. O rendimento cresceu no Sudeste e no Sul. Detalhe: a desocupação em São Paulo caiu abaixo da média nacional, ficou em 7,1%. A taxa de desocupação entre os homens, os maiores críticos de Lula, ainda foi menor 6,4%.
O programa Desenrola ainda deverá gerar mais resultados positivos tanto junto a população foco principal como junto aos jovens, que devem ao financiamento estudantil.
Se costuma dizer no mundo da política que a chave do sucesso é a economia. De quebra, o Mercado faz estimativas de uma inflação medida pelo IPCA em queda, próximo da meta do Banco Central, que já foi tão detestado pelo Governo Lula.
Não estou aqui para criticar nem a pesquisa o Intel Atlas, grupo estrangeiro que atua na América Latina e previu a eleição de Javier Milei, na Argentina, e nem de nossa respeitadíssimo IBGE.
Não se sabe, se isso se deva a nossa polarização baseada num intenso e destacado antipetismo ou sejam outros motivos. A maioria dos analistas de cenários e a imprensa expõe o dia-a-dia do Governo e as notícias negativas são menores que as positivas, mas elas existem.
Desde o início do Governo, Lula apostou na dubiedade - seu governo não se posicionava contra a Rússia na invasão contra a Ucrânia, Lula e seu Governo tratam de lado os Estados Unidos para agradar China e Rússia, demorou a chamar o Hamas de terrorista, visto que os evangélicos, que colocaram povo na campanha de Bolsonaro, são pró-Israel, recentemente deu um título da Ordem do Rio Branco para o embaixador da Palestina, seus apoiadores no Governo ressuscitaram o “Gabinete do Ódio” contra jornalistas que são críticos.
Lula com posições que não precisava ter acaba dando sustentação aos seus críticos radicais que são craques no uso das redes sociais, ao tempo que não tem uma estratégia para gerar “influencers” a seu favor.
Uma coisa parece clara, a melhora na economia não vai ser suficiente para enfrentar as adversidades na popularidade.
Por Genésio Araújo Jr., jornalista.
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