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- Contato Brasil, 10 de maio de 2025 06:14:00
(Brasília-DF) Dizem que se você quer arrumar confusão, fale mal da mulher de um homem apaixonado.
A socióloga Rosângela da Silva, a Janja, teve uma entrevista publicada no caderno “Elas” do “O Globo”, neste domingo, 5 de novembro.
A primeira dama é a primeira socióloga que chega a essa condição depois da intelectual, também da área social, a antropóloga Ruth Cardoso. Dona Ruth era uma intelectual e também não gostava ser vista como uma primeira dama. Janja é uma ativista, são diferentes.
No Brasil e na América Latina, a história nos mostra Dona Darcy Vargas e Evita Peron como referências de primeiras damas importantes. A primeira mulher e companheira de Getúlio Vargas e a segunda mulher e companheira de Juan Domingo Peron.
Janja não quer ser vista como nenhuma delas. E o que isso influencia na vida pública nacional nesse momento particularíssimo do Brasil e do Mundo?
Janja disse que não se mete nas reuniões do presidente, nem delas participa, que deseja sempre estar ao lado dele, que não se incomoda, e rebate, que seu protagonismo evidente, não mereça existir pois ela não foi eleita para nada, diz que vai exercer seu protagonismo em defesa da mulher com mais posições na política e que tem preocupação de revelar a defesa de alguns pontos que entende relevantes.
O Oposição, sempre que pode, mexe com Janja, a acusa de oportunista, de fútil e de inadequada.
Janja é ativista e petista. É melhor que ela seja ativista e menos petista. Parece que ela está vendo que isso seja o melhor caminho.
O homem de mídia sociais, analista Alek Maracajá, já informou que as postagens da primeira dama tem mais repercussão nas mídias sociais que as do presidente Lula. Tudo o que ela faz por lá tem repercussão. As mulheres estão atentas.
A Extrema Direita repudia o feminismo que tanto anima Janja, pois as mulheres ao longo do século passado, especialmente, com sua força carregaram nas costas todas as minorias. A Extrema Direita não gosta de minorias.
A campanha do voto feminino acabou trazendo o voto do analfabeto, serviu para os movimentos negros colocarem a cara de fora, nos Estados Unidos, notadamente nos anos 60, assim como as pessoas especiais, hoje chamadas PcD, e todas as pessoas que estão na sopa de letras GLBTQI+. Todos tiveram as mulheres como pioneiras.
Janja deixou claro que deseja ter um gabinete com função no Palácio do Planalto. Cita que nos Estados Unidos, a primeira dama tem gabinete na Casa Branca.
Janja é algo novo Brasil que parece ainda preso a coisas velhas. Janja vai errar e a Extrema Direita, que sabe que ela é a grande influencer positiva de Lula, vai se aproveitar.
Vamos aqui nos acostumando, atentos, ao que ela faz e diz. O Governo Lula deveria ter mais influencers para animar suas ações internas da mesma forma que o presidente tem a sua influencer.
Essa é uma descoberta que a comunicação do Governo Federal deve fazer, mas parece que Janja com suas ambições, erros e acertos já deixou claro.
Por Genésio Araújo Jr, jornalista
e-mail: [email protected]