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  • Contato Brasil, 02 de maio de 2024 02:46:49
Genésio Jr.
  • 15/10/2023 13h19

    Só temos uma certeza, vai piorar, antes de melhorar!

    Os historiadores tem posições diversas sobre o tamanho da coisa, mas falar de vida todo mundo entende.

    Os caminhos(Foto: UFMG)

    (Brasília-DF) Passada uma semana da nova guerra no Oriente Médio, entre Israel e o grupo extremista Hamas que nos pegou na semana da Padroeira do Brasil e das crianças, um feriado clássico no Brasil em que, por regra, refletimos sobre o tamanho da fé nacional e sobre a infância - deu para aprender algumas coisas sobre o tamanho do conflito.

    Ao cidadão comum é difícil entender como esses primos brigam tanto e como isso mexe com nossa vida aqui, do outro lado do Mundo, seja por conta de nossas origens, nossa fé ou por conta da economia. Tentar entender tamanho emaranhado não é fácil. Os historiadores tem posições diversas sobre o tamanho da coisa, mas falar de vida todo mundo entende.

    Vamos com isso e com nossa política.  Não é aceitável não reconhecer como terroristas as ações de um grupo, que até tem sua formação política, em seu estatuto de criação, lá em 1987, estabelece não só contra o Estado de Israel, mas determina que se deve fazer uma guerra contra o povo judeu e se deve exterminá-los. É um grave erro da Esquerda aceitar defender esse grupo. O Hamas não é democrático, defende um Estado da Palestina sob ditadura islâmica do Mediterrâneo até o Rio Jordão, enfim, sem espaço para Israel.

    É bom que se alardeie que os Kibutz, fazendas coletivizadas dos judeus israelitas são algo bem socialista. Alguém já disse que o antisemitismo é um “socialismo dos idiotas”.

    Por outro lado, em nome da manutenção do Estado de Israel não é dado o direito para a poderosa e tecnológica Forças de Defesa de Israel(FDI), em nome da defesa do Estado de Israel, massacrar crianças e mulheres palestinas. É inaceitável avaliar que o olho por olho seja a regra. É inaceitável que a Direita no Brasil defenda Israel sob todos aspectos e que trate todos os palestinos como terroristas.

    O jornalista judeu-estadunidense Thomas Friedman, o Elio Gaspari deles e que entende tudo de Israel, avalia que os extremistas decidiram tomar esse caminho pois viram que Israel caiu numa armadilha que colocou em frangalhos sua democracia, a ponto de uma guerra civil no país.  O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, realizou o sonho dos autocratas iliberais do terceiro milénio - ele controla um parlamento unicameral e emasculou a Suprema Corte do País pois temia ser preso por corrupção.

    O sonho de consumo do nosso ex-presidente, agora inelegível, era esse.  Evidente. Não podemos dizer que no Brasil estávamos à beira de uma guerra civil, até porque se imaginava que as armas estariam com a ultra direita  armamentista bolsonarista e as Forças Armadas tinham seu alto comando dividido e um corpo médio cooptado pelos autocratas. No Brasil, não sabemos o que é isso, guerra entre primos, apesar de ter gente que parecia trabalhar dia e noite para isso.  Esperamos nunca voltar a viver o que vivemos.

    Voltando a guerra Israel-Hamas, não resta dúvida que dessa vez não será como as outras quatro guerras de Israel contra o Hamas. Israel tem direito de se defender contra quem deseja lhe exterminar, ao tempo que palestinos não podem ser massacrados e jogados numa diáspora.  Não há espaço para imaginar negociações entre os envolvidos, é difícil crer que partes, como o Brasil, venham ter sucesso no acalmar dos ânimos.

    Por incrível que pareça, ainda não está claro, mas deve vir de Israel, mais que qualquer parte, um caminho para essa questão. É certo que o Hamas, seu braço militar, poderá até ressurgir mais adiante, porém não existe mais ar para sua sobrevida em nome de alguma paz.

    Para nós aqui, só existe uma certeza, vai piorar antes de melhorar!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalistas

    e-mail: [email protected]


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