(Brasília-DF)  Não tem jeito.  Você aí que luta pela vida e mata um leão todo dia vai começar a semana ouvindo falar de uma nova guerra que surge no Oriente Médio. Vai ouvir falar que depois de 50 anos os árabes, parte deles, fazem uma grande ação contra o Estado de Israel.

Isso faz o mundo olhar com atenção, pois os pequenos territórios destacados envolvem muito poder, dinheiro e interesses.  Israel é uma potencia nuclear e o terceiro país em inovação no Planeta, o movimento extremista Hamas que controla a Faixa de Gaza e de onde vieram os ataques a Israel, que até esse domingo chegava a mais de 700 mortes, se move pelos erros históricos e agora pelas necessidades geopolíticas.

Os bobinhos que leem a Bíblia, como se fosse gibi, muito bem sabem que está no Gênesis que os filhos de Abrãao, meio-irmãos Isaque e Ismael deram origem as 12 tribos de Israel e aos árabes que depois foram tomados pelo maometismo.  São originários do mesmo ramo, depois se dividiram. São primos em guerra há quase dois mil anos.

O ataque foi feito por ação de uma liderança que não é um Estado reconhecido, os palestinos de Gaza, que são vistos como terroristas por vários países, mas não são assim vistos por outros.  Eles alegam que isso surgiu pela ação deliberada de esmagamento que existe por parte de Israel contra eles.  Os números mostram a pobreza em Gaza, que vive de doações.

Não resta dúvida que o ataque a civis nas ruas mostrou a face cruenta do Hamas. Ataques dessa forma são dos mesmos que fizeram o Mundo ficar contra os russos nos ataques na Ucrânia.  Israel é uma potência encravada, ela faz ocupações fruto de guerras vencidas e bancadas pelos ricos do Mundo desde 1.948.

Houve um gave erro dos vencedores da Segunda Guerra Mundial aos não criarem o Estado da Palestina, junto com o Estado de Israel. O problema foi criado pela Comunidade Internacional.

O problema, agora, é que não resta outro caminho a Israel a não ser eliminar seus adversários do Hamas, como se joga uma bomba atômica. Isso não será assunto fácil de resolver.  Não se faz uma limpeza dessas sem resultados terríveis. Está todo mundo vendo - matar civis do lado árabe também é repugnante, o que criaria uma nova diáspora árabe.

O Brasil, que não é mais um pária internacional, está no meio disso, pois os ataques se dão justo no mês que o Brasil está no comando do Conselho de Segurança das Nações Unidas(ONU).  Historicamente, o Brasil, nos comandos petistas, sempre foi simpático a criação do Estado da Palestina, que os israelenses não querem nem ouvir falar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse chocado e conclamou a comunidade internacional a encontrar uma solução para o conflito.

Neste momento, o presidente Lula está recolhido, deverá fazer uma live na terça-feira,10, e vai falar, para todo mundo ver.

A crise surgida com tanta violência e raiva contra uma potência que se achava inexpugnável não deve ser vista a olho nu, mas não só com olhar histórico. Vivemos uma época especial, interesses políticos que vão além do bem estar da gente que mora naquela região do Planeta. O problema não é só dos primos que se dividiram há séculos  mas de muita mais gente.

Interessante, é que o Brasil não consegue sair de enrascadas históricas. Gostemos ou não

Por Genésio Araújo Jr.

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