(Brasília-DF) Vamos começar a primeira semana do ano em que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, não vai despachar no Palácio do Planalto. Dessa vez não será por conta de mais uma de suas viagens, internacionais, especialmente.

Lula, como é de largo conhecimento, se submeteu a cirurgias no Hospital Sírio Libanês de Brasília. Deverá, ao sair do hospital, ficar duas semanas despachando no Palácio do Alvorada, mas os problemas vão continuar, notadamente.

A Política não para, como se sabe. Tem um assunto indigesto para o Governo Federal, que na prática, está fazendo uma intervenção federal na Segurança Pública da Bahia, o maior e mais populoso estado do Nordeste, onde nasceu o Brasil e de onde vem o gerente e o líder de seu governo, no Senado. 

Existem problemas de segurança em todo o Brasil, por diversas razões. As pessoas se esquecem que a partir do momento que um país volta a crescer também voltam a crescer problemas de segurança pública. 

O governo anterior não conseguiu deter o crescimento das gangues organizadas, que agora chamamos de facções criminosas, que também se aproveitaram a onda armamentista, que armou o cidadão comum e acabou por legalizar armas para uso da bandidagem, mas independente disse, é evidente que o Governo da Bahia não soube lidar com a situação por lá.

As esquerdas, por tradição, têm muitas dificuldades de fazer o enfrentamento da segurança pública. Eles não sabem ser punitivistas, alegam que se deve educar e cuidar do social. Como se sabe, o crime moderno é um grande negócio. Os petistas baianos que mandam por anos por lá, matam, com suas polícias, como gestores punitivistas tradicionais conservadores, aqueles que defendem que bandido bom é bandido morto.

O Governo Lula peca, em seus meses iniciais, sob outros argumentos, como pecou o Governo Bolsonaro em seus quatro anos.  O governo anterior dizia que era bom no riscado, mas não fez muito coisa à nível mais profundo, para enfrentar as facções criminosas que dominam diversos setores da economia profunda e popular. Não podemos esquecer que o governo anterior era parceiro das milícias em suas origens.

O Governo Lula, a partir dos problemas na Bahia, não tem muita coisa para mostrar. A tendência é que o aumento dos programas sociais e o aumento da atividade econômica faça o crime ver mais facilidades para atuar.    Quem conhece tecnologia sabe que durante os anos em que os governo petistas avançaram com os programas sociais a bandidagem tecnológica avançou, fortemente.

Nos últimos meses enquanto a política ganhava nova cara o cidadão comum via chegar em seus celulares centenas e milhares de novas abordagens que o crime usa, e não é com fuzis e metralhadora .50.

O cidadão comum vive a violência virtual lhe atingindo sem precedentes. Esse talvez seja um problema que vai além do rasteiro e violente roubo de celular nas grandes cidades, tão comum entre os populares que circulam nas ruas.

Talvez, Lula, recolhido em sua residência oficial do Alvorada, fique mais alarmado e ciente dessa problemão, que não é só de seu governo, mas do país.

Por Genésio Araújo Jr, jornalista.

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