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- Contato Brasil, 28 de dezembro de 2024 05:49:06
(Brasília-DF) O mês de setembro, o mês da flores, quando começa a primavera no hemisfério sul - promete muito!
Os legados de agosto, do sempre impressionante agosto no Brasil, não são para menos. O desemprego cai a 7,9%, uma desocupação só parecida com 2014.
O PIB do último trimestre chegou ao surpreendente 0,9% de crescimento, o que nos garante um PIB, ao final, em torno de 3% em 2023. Deverá ser um dos maiores do Mundo ao final do período, mas com um déficit nas contas públicas, recorde, de R$ 35 bilhões. Estranho de tudo isso é uma queda da arrecadação. A lógica não era para ser essa.
Foi apresentando um Orçamento para 2024 que não agradou nenhum dos lados, nem os gastadores nem os parcimoniosos. O otimismo de uma busca de R$ 168 bilhões em receitas extras pelo Ministério da Fazenda e do Planejamento, também, chamou atenção.
O ministro Fernando Haddad disse, no apagar das luzes da semana, em evento econômico, que a bola está nas mãos do Congresso, numa alusão aos projetos de aumento de receitas, com o PL das offshores e trust e a Medida Provisória que taxa os fundos especiais, os chamados dos “supericos”. Não podemos esquecer que a segunda leva do programa “Desenrola” promete agradar tanto aos pobres como os ricos.
Não é bom esquecer que existe uma pressão de até 23 frentes parlamentares econômicas para que Arthur Lira, presidente da Câmara, coloque em votação a reforma administrativa no mês da primavera.
Para completar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que tinha 37% de aprovação no Datafolha no final do semestre tende a passar de 40% nas pesquisas de setembro. Nesta semana, a Datafolha fez pesquisa em São Paulo e mostrou o presidente com 45% de aprovação, qual projeta para uma média nacional muito próxima.
Lula deverá passar não mais que 9 dias úteis no Brasil, em setembro. Ele deixa o Brasil após o 7 de setembro e ficará até o dia 11 na Índia por conta do evento do G-20. Volta ao Brasil e depois segue no dia 15 para Cuba, poderá dar uma esticada no México e cumprirá agenda nos Estados Unidos com discurso nas Nações Unidas e depois encontro com Joe Biden. Quando voltar ao Brasil, logo depois deverá fazer cirurgia no quadril. Vários dias com Geraldo Alckmim na presidência.
Antes das viagens deverá resolver a reforma ministerial que ele deu sinais, ao final, que amparado por uma boa dose de sorte e má-sorte dos adversários bolsonaristas - acabou bem conduzindo, até aqui.
O Supremo Tribunal Federal visto cada vez mais poderoso, mas cada vez mais intrometido, vai finalizar a votação do Marco Temporal e da definição sobre o que é limite para consumo e tráfico, especialmente, com a maconha. Sem contar que teremos o final do mandato de Augusto Aras, na Procuradoria Geral da República, sem garantia de renovação, e o fim da presidência, com prometida aposentadoria, de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal.
Quem me acompanha aqui, ali e acolá, viu como fiquei preocupado com o agosto, mas o mês de setembro promete nos deixar com a respiração presa a todo momento.
Deve ter sido por isso que os poderosos e poderosas estão aliviados com esta semana de calmaria, que eles estão dando a si. Eventos nacionais e internacionais tiraram a elite política da Capital Federal na véspera do feriado do 7 de setembro.
Por falar em 7 de setembro, a data é de todos os brasileiros e brasileiras, independente se você é fascista ou comunista. Temos que celebrar a data, tanto pela lembrança em si como face nossa busca pela independência. Num mundo cada vez mais interdependente, a retórica política deve ser polida com muito esmero!
Por Genésio Araújo Jr, jornalista.
e-mail: [email protected]