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- Contato Brasil, 29 de abril de 2024 05:56:41
(Brasília-DF) Sempre tem o dia de amanhã.
Depois do vareio de derrotas no Congresso, notadamente na Câmara, na semana passada, nos últimos dias, pelo que se viu na sequência, parece, não mais que parece, o Planalto, Lula, já começa a montar uma estratégia de reação que se estrutura em três pilares.
Se a política está voltando, pode-se dizer, após o churrasco no Alvorada com alguns ministros e membros do Judiciário(!), que se delineia que Lula trabalhando com três vertentes.
Essa combinação vai buscar fazer o Congresso, mesmo cheio de poder, se curvar a vontade popular. O Congresso sabe que os populismos de Lula, que assustam o mercado podem ser usados no momento certo. Lula sabe, pelo menos foi avisado, que o bonapatismo do passado não voltará mais.
Vamos avaliar essa combinação de fatores apresentados.
Existem partidos do Centrão que estão em blocos diversos na Câmara dos Deputados. Lula pode administrar isso.
Muitos falam que Alexandre de Moraes poderia aplicar peças no PT e em Lula no tempo que achasse conveniente. Lula se antecipou, na chamada Real Politik, e fez nomeações de membros para compor o Tribunal Superior Eleitoral(TSE) na conta de aliados de Moraes. Talvez você não saiba, mas sempre houve política no Judiciário e os ministros adoram fazer aliados entre os membros das outras cortes. Sejam eles conservadores ou não. Havendo discórdia que vá ao Judiciário, Lula busca ter a simpatia do Direito. O Congresso já viu os sinais.
Por outro lado, um certo controle sobre os preços dos combustíveis, a queda das moedas fortes face a recessão que deve avançar na Europa e a redução dos preços dos carros populares por não menos que quatro meses, que já sinalizam juros futuros em queda, podem surpreender tanto num crescimento econômico maior que o previsto como a iminente redução dos juros.
Essa combinação tende a dar um lastro popular a um governo que não manda no Congresso. Congresso poderoso algum é mais poderoso que o povo que o colocou lá.
Não há a menor possibilidade do Congresso querer emparedar o Executivo sob essas condições. Os grandes agentes econômicos, que estão em linha com o poderoso Arthur Lira, vão sinalizar, também.
Lira, e seu grupo do Centrão, sabe que novos momentos virão, se essas condições funcionarem, para contar com novo tempo de fraqueza do Planalto. Não duvide: não tem bem que dure para sempre, nem mal que seja eterno.
Por Genésio Araújo Jr, jornalista.
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