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  • Contato Brasil, 29 de abril de 2024 10:16:44
Genésio Jr.
  • 21/05/2023 12h14

    Zelensky ganhou cara de Churchill antes de Lula virar um Mandela

    Lula foi muito bem recebido e posto pelo anfitrião Japão, que lhe proporcionou protagonismo

    Lula ainda não virou um Mandela, mas Zelensky está mais perto de Churchill( Foto: CNN)

    (Brasília-DF) Não resta dúvida que o Lula 3 vai enfrentar muitas dificuldades nesta semana com o funcionamento efetivo de três CPI’s e a instalação de uma CPMI, a dos atos do 8 de janeiro.  É verdade que as coisas devem melhorar, ao menos na visão dos poderosos do setor econômico, pois deve ter a aprovação, certa, do novo marco fiscal, que agora se chama “Regime Fiscal Sustentável”. 

    Antes disso temos, necessariamente, que falar da presença do presidente Lula no G-7, na histórica Hiroshima, lá no Japão. Nada mais emblemático as 7 economias mais industrializadas se reunirem com convidados às portas de uma nova guerra fria, tendo a China a observar tudo isso, notadamente.

    Não há o que se questionar o obvio! Após 14 anos, a presença de um chefe de Estado do Brasil, o próprio Lula voltar ao encontro do G-7 como convidado, é extremamente relevante. O mais impertinente crítico de Lula terá que reconhecer que só ele teria esse direito face a postura isolacionista e medíocre do seu antecessor, Jair Bolsonaro. O que é público e notório não carece de provas! Passado isso, o que temos?!

    Lula foi muito bem recebido e posto pelo anfitrião Japão, que lhe proporcionou protagonismo. Lula teve reuniões bilaterais importantes em que quase todos, do bem situado Justin Trudeau, do Canadá, ao emergente Pham Minh Chinh, do Vietnã, salientavam sua experiência e necessária liderança para comandar não só o meio ambiente como os países em desenvolvimento.  Ele só perdia em idade para Joe Biden, dos Estados Unidos. 

    As potências França, Alemanha, além do Japão e Canadá, lhe renderam tudo mais. Ficou evidente que Biden está preparando algo para apresentar ao Brasil, em nossa medida, para lidar com nossos interesses depois da visita de Lula à China.

    Lula não é um bobo e nem a nossa experimentada diplomacia. Ele sabia que tinham preparado o terreno para constrangê-lo, assim como a Índia de Narendra Modi, notadamente, com a presença de presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, chegando de “surpresa” e sendo incensado pelas potências. O abraço que Justin Trudeau, do Canadá, deu no “amigo” Zelensky foi um dos mais comentados nas redes sociais neste final de semana. 

    Já se sabe com as doações de aviões de guerra dos Estados Unidos e mais que a Alemanha e a França estão ofertando garantem que a guerra não vai parar tão cedo.

    Lula, no encontro com Narendra Modi ouvir dele, e o Mundo, que ambos, não são “neutros”, mas defendem a paz.

    Lula falou três vezes no evento. Uma vez para todos e depois em dois painéis com os países visitantes. Lula não se encontrou reservadamente com Zelensky, disse que condenava a invasão russa, mas defendia o diálogo. Nada além do que vimos antes foi , mas teve um Lula hábil ao falar do esgotamento do próprio modelo de G-7.

    Lula pregou uma peça nas potências, que vai além da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a reforma do sistema financeiro mundial. Lula falou de uma insensatez a volta da guerra fria, que é necessário “romper com a lógica de alianças excludentes e de falsos conflitos entre civilizações” e que  houve retrocesso econômico no comércio.

    “Não faz sentido conclamar os países emergentes a contribuir para resolver as “crises múltiplas” que o mundo enfrenta sem que suas legítimas preocupações sejam atendidas, e sem que estejam adequadamente representados nos principais órgãos de governança global.”, disse Lula.

    Ele não foi só pressionado, mas pressionou. O problema é que Zelensky ganhou ares de Churchill do terceiro milênio!

    Foi Genésio Araújo Jr, jornalista

    Email:  [email protected]


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