(Brasília-DF) A pior semana do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou menos dolorosa do que se poderia imaginar.

Logo neste Domingo de Ramos vimos o Governo Lula 3 contemplando uma avaliação, segundo a Datafolha, em que  o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem aprovação, de bom e ótimo, em 39% e sua reprovação, com o pior, em 29%.  Poderia ser melhor, poderia ser pior.  Muita gente boa estima o bolsonarismo radical em 25% do eleitorado.

O assunto que marcou a semana acabou não sendo o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro e uma aparente incapacidade de Lula. O grande assunto da semana foi o ousado novo marco fiscal apresentado, que o governo gosta de chamar de “Novo Arcabouço Fiscal”, e para o mundo politico foi o lançamento do bloco partidário na Câmara, que ameaça a hegemonia parlamentar de Arthur Lira. 

O mundo da economia e do poder se moveu por ai. Olhe que teve a presença de provavelmente 5 mil prefeitos na Capital Federal e uma disputa pública entre Senado e Câmara pelo controle da tramitação da Medidas Provisórias. Tivemos assuntos laterais para todo tipo e interesses. Enfim, tivemos uma semana e tanto nesse encerramento do terceiro mês do ano, conhecidamente o mais difícil do ano para muita coisa que importa não só ao País, mas ao Globo.

A Semana Santa, em tese, deveria dar uma arrefecida, quase paralização, das ações dos poderosos e dos mercados, mas faz algum tempo que essa normalidade não existe mais. Se espera alguma coisa, pois a Câmara vai continuar votando MP’s, ainda do Governo Bolsonaro, em regime de votação semi presencial, o que não obriga que os congressistas estejam todos na Capital Federal.

Se espera que seja apresentada a proposta legal da Lei Complementar do Novo Arcabouço Fiscal, até para que se volte na semana do dia 10 de abril com a coisa andando com o relator já escolhido e a falação tomando de conta.  Lula irá viajar para China, logo sem seguida no dia 11 de abril. Deve passar  quase toda a semana fora, pois terá outros compromissos além dos chineses.

Nesta semana que se anuncia, Arthur Lira vai preparar alguma coisa para reagir ao que se monta com o novo bloco parlamentar, que envolve PSD, Republicanos, MDB, Podemos e PSC.  Lira sabe que precisa apresentar algo, mas, à princípio, o Novo Arcabouço Fiscal será seu grande argumento.

Todos falam que o marco fiscal do Lula 3 vai precisar garantir receitas que hoje não tem ou lhe escapam pelos dedos das mãos.  Vai depender de Arthur Lira para isso. O que anima Lira e ao próprio Governo é que para se ter dinheiro para atender prefeitos, congresso e sociedade é necessário que esse tal marco seja ajustado logo, muito mais que uma carta de intenções.

Os principais agentes econômicos e sociais estão em posição proativa. Executivo, Congresso. Mercado e até a Oposição.

Todo mundo tem o que reclamar, mas em plena Semana Santa não dá para ficar falando mal das boas intenções de quem quer que seja. 

Jesus entrou em Jerusalém saudado por todos, até pelos fariseus!

Por Genésio Araújo Jr, jornalista

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