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  • Contato Brasil, 20 de abril de 2024 07:22:12
Genésio Jr.
  • 25/10/2020 14h12

    Todo cuidado é pouco!

    Essa conjunção de situações negativas se junta a uma inevitável pauta negativa que sua base partidária deverá enfrentar no Congresso Nacional

    Todo cuidado é pouco( foto: diaonline)

    (Brasília-DF) Vamos enfrentar a última semana de outubro, já na contagem regressiva para muitas coisas dessa nova vida pandêmica.

    A política e a economia vivem conectadas nos deixando com um olho no peixe e no gato, sempre. Tem uma coisa típica na economia que é a poupança. Dizem que é importante fazer poupança na política para os dias ruins, outros já avaliam que poder tem que se usar e não guardar.

    O Presidente Jair Bolsonaro depois de meses de um prestígio que nunca teve em seu governo, especialmente com as populações mais humildes, tem que ficar atentíssimo para evitar problemas que não precisa ter mais do que já terá.

    Na economia só se fala das preocupações do ministro Paulo Guedes com o aumento do juro futuro dos nossos títulos públicos. Para simplificar a conversa: trata-se o que o governo vai ter que pagar de prêmio pelos seus títulos comprados pelo bancos lá na frente. Isso significa que o mercado, e quem está nele, não dá muita confiança no que tem pela frente.

    Nesta semana foi divulgado que o IPCA-15, uma prévia da inflação, teve o pior outubro no período desde 1.995, inflação alta em vista. O dólar, que também sobe quando não se tem confiança num governo, fechou a semana em alta de 0,29% e chegou, acredite, a R$ 5,67 no comercial, imagina só se você for pegar para viajar!? O pessoal da carne já prevê aumentos no final de ano por conta dos insumos. Não esquecer que o Pantanal, de onde vem muita carne, esteve em chamas.

    Nas eleições municipais é bom a gente posicionar. Das 26 capitais que estão em disputa, lembrando que não tem eleições desse tipo em Brasília, só em 6 capitais se caminha para solução em primeiro turno. Detalhe: nenhuma delas tem bolsonarista em destaque, no máximo, gente que não quer briga com o Planalto. Há indicativos de que Bolsonaro terá derrotas na disputa de Rio de Janeiro e São Paulo. Celso Russomano(Republicanos-SP) que vem posando de bolsonarista está perdendo nas pesquisas de opinião, apontando dificuldades do passado, e o prefeito Marcelo Crivella, do Rio de Janeiro, poderá nem seguir ao segundo turno.

    A derrota de Crivella tem um caráter muito simbólico. O vereador Carlos Bolsonaro(Republicanos-RJ) é candidato à reeleição, no Rio, no partido de Crivella. O que caminha para acontecer no Rio seria uma derrota para os evangélicos no poder, justo na cidade onde tem a maior comunidade evangélica do país. Os evangélicos são o grupo que mais apoia o Presidente, segundo todas as pesquisas. Claro, ainda existe o disputadíssimo segundo turno, ainda se tem dúvida se Bolsonaro vai entrar nessas disputas de corpo e alma.

    Essa conjunção de situações negativas se junta a uma inevitável pauta negativa que sua base partidária deverá enfrentar no Congresso Nacional, assim que terminar as eleições. Reformas, orçamento e definição sobre o que virá em substituição ao auxílio emergencial e as ciladas sobre o futuro do comando tanto da Câmara como do Senado Federal.

    Nada leva a crer que tantos dissabores vão se juntar para azucrinar o nosso Presidente da República, até porque no fim tudo parece sobrar para o chefe da República. Pode ser que muito disso não se confirme, mas não custa ter juízo para evitar dissabores.

    Bolsonaro já ganhou ponto com o aparente recuo de sua base radical contra o ministro General Ramos, um de seus articuladores políticos no Congresso Nacional, por conta da arenga montada pelo também ministro Ricardo Salles, que chamou o General de “Maria Fofoca”. Dessas, Bolsonaro tem que fugir.

    Pedir a Bolsonaro prudência parece exagero, mas algum cuidado surge fundamental!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    E-mail: [email protected]

     


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