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  • Contato Brasil, 26 de abril de 2024 13:05:59
Genésio Jr.
  • 27/10/2019 15h35

    Os conservadores vivem suas dificuldades!

    O mundo rico se dividia entre experiências de poder envolvendo sucessos e insucessos de governos socialistas e de democratas-cristãos, alternativamente

    Bachelet e Piñera já presidiram o Chile e não resolveram as desigualdades(Foto: Isto é independente)

    (Brasília-DF) As primeiras décadas do Século 21, que se iniciou com a marca da era da tecnologia, foram marcadas com o ataque às torres do World Trade Center(WTC) em Nova York naquela manhã de 11 de setembro de 2001. \

    A década então foi destacada pelo combate ao terrorismo, campanha dos estadunidenses no Afeganistão e Segunda Guerra do Golfo que acabou movendo o Mundo a partir da angústia e rancor dos Estados Unidos. Se a tecnologia avançava com a guerra limpa(!?) ,que surgiu, deu espaço para o surgimento na década seguinte das economia emergentes com o s BRICS( Brasil, Russia, China e Áfica do Sul) . O Brasil estava nesse meio - o que fez com que a América Latina tenha sido uma das que mais cresceu com o boom econômico dos emergentes.

    O mundo rico se dividia entre experiências de poder envolvendo sucessos e insucessos  de governos socialistas e de democratas-cristãos, alternativamente. Ninguém arrotava que seria melhor ou pior que o outros. A crise do capitalismo com a quebra do Lehman Brothers, em 2009, teve o inusitado dos Estados Unidos eleger o seu primeiro presidente negro, eleito e reeleito, que gostem ou são salvou o capitalismo usando muito de intervenção econômica.

    Os liberais não gostaram nem um pouco disso. Com o aumento do Estado veio o que já se esperava, as evidências da corrupção e da natural ineficiência do poder público na segunda fase da revitalização econômica. A polarização política que surgiu aliada com a força das novas tecnologia na comunicação, especialmente com as redes sociais , permitiu a sensação de que era a hora do liberalismo se instalar com alguma força.

    A crise que se vê, aqui perto, com a situação convulsiva no Chile, o país mais globalizado da América Latina que tinha crescimento econômico e que aparentemente tinha feito a melhor transição entre os governos autocráticos e as democracias na região mais ao sul das Américas, fez com que alguns alegassem que se tratava de uma ação de esquerdistas que querem voltar ao poder. Aqui no Brasil, o bolsonarismo fala em  retorno do “Foro de São Paulo”.

    O Chile desde a redemocratização pós-Augusto Pinochet teve seis presidentes eleitos desde 1990. Os democratas cristãos tiveram 2 governo por 10 anos. Os socialistas tiveram três presidentes por 14 anos e os liberais 5 anos. Enfim, quase todos puderam contribuir com esse momento nacional, para o bem e para o mal.

    Está evidente que crescimento econômico não é suficiente quando existe concentração de renda e injustiça social. Os governos não conseguiram ir além do que é necessário e fundamental.

     A história é cíclica, vem uma onda, passa, depois vem outra onda, passa. Se imaginava que a onda conservadora tinha feito a melhor leitura das novas tecnologias para erguer a onda da nova competência, que pode ser atingida por todos sem amparo robusto do Estado, a não ser fornecendo boa educação e segurança.

    A onda conservadora vive, pouco tempo depois de instalada, um aparente  e destacado desgaste com vista a seu então imaginado voo de cruzeiro, que parecia dominar toda a década.

    Ainda não se sabe se os conservadores vão saber empreender a máxima de mudar para mantar tudo do jeito que está. A grande sacada dos conservadores, mais que os progressistas, foi ter foco. Os progressistas na ação de buscar o desenvolvimento de forma difusa perderam o prumo,  não acharam novo rumo.

    A pergunta que fica a nos azucrinar: os conservadores vão saber se reinventar, logo!?

    Eis a questão!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    Email: [email protected]


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