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Política de Brasília para Brasília
  • 09/07/2019 20h59

    CPI BNDES: João Santana diz que Lula e Odebrecht influenciaram campanha eleitoral em El Salvador; Paula Belmonte fez perguntas

    João Santana contou a Paula Belmonte que, quando acabou o dinheiro da campanha, ele mesmo veio ao Brasil falar com Lula

    Paula Belmonte fazendo perguntas na CPI do BNDES( Foto: Will Shutter/Câmara dos Deputados)

    A deputada federal  Paula Belmonte(Cidadani-DF) teve papel de destaque hoje, 09, durate o depoimento à CPI do BNDES  na Câmara Federal do o publicitário João Santana e da publicitária Mônica Moura.

    Santana disse, respondendo à vice-presidente da comissão, deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), que o ex-presidente Lula e a Odebrecht influenciaram a campanha eleitoral de El Salvador em 2009.

    "O candidato pressionou o presidente Lula para que ele me convencesse a fazer a campanha e houve participação do PT e da Odebrecht", relatou o depoente, sem dar mais detalhes.

    João Santana contou a Paula Belmonte que, quando acabou o dinheiro da campanha, ele mesmo veio ao Brasil falar com Lula.

    "Íamos perder a eleição, então pedi ao presidente Lula ajuda, faltava US$1 milhão. Ele me mandou falar com o Emílio Odebrecht, que me disse que preferia tratar desse assunto com o Italiano. Eu perguntei quem era e ele disse que era o Palocci". O dinheiro foi viabilizado, informou o publicitário. A campanha em El Salvador custou US$ 3 milhões, uma quantia que Santana considera uma bagatela.

    A publicitária Mônica Moura, mulher de Santana, também depôs na CPI. Ela relatou que Lula intermediou outros convites aos marqueteiros, como o da Venezuela. Lá, eles fizeram a campanha de reeleição de Hugo Chávez. Paula Belmonte disse a ela que aquilo que acontecia com as finanças das empresas brasileiras no exterior tinha a ver com o BNDES e por isso ela estava ali depondo. Entretanto, a publicitária afirmou não ter tido contato com qualquer informação sobre o banco de desenvolvimento.

    A deputada do Cidadania perguntou ainda sobre as negociações entre a empresa de João Santana e Mônica Moura e o PT para as campanhas feitas dentro do país. Mônica disse que eram feitas entre os publicitários e Antonio Palocci. Ele era quem dizia qual empresa iria se responsabilizar pelo pagamento dos serviços de marketing. João Vaccari Neto, então tesoureiro do partido, também tratava com os publicitários sobre a parte de caixa dois da campanha.

    Mônica contou, ainda, que somente em 2014 não tratou das finanças da campanha presidencial com Palocci. A presidente e candidata à reeleição, Dilma Roussef, cuidou diretamente do acerto financeiro, que foi viabilizado pelo ex-ministro Guido Mantega. "Dilma sabia de tudo", afirmou.

    ( da redação com assessoria)

     


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