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- Contato Brasil, 23 de novembro de 2024 05:00:10
O dia foi de ouvir analistas para todos os gostos. Em meio à votação do segundo turno para a Presidência da República e para governadores (13) e também aqui no Distrito Federal, ouvi um comentário que me parece mais lógico.
O eleitor percebeu que o voto é a eterna vigilância. Vamos sair de um processo eleitoral com os olhos no retrovisor e no para-brisas. Sim um olhar para frente. A despeito do pessimismo de que poderemos regredir ao século 19 num mundo digital do século 21, há ainda muita esperança.
A eterna vigilância também deve ser exercida e exigida dos governos que vão bem, porque as críticas não devem ser disparadas apenas para o governo que vão mal. Ao surfar, por exemplo, numa economia com ótimos índices, já percebemos que os governantes nem sempre agem de modo correto.
Sairemos das eleições com a sensação de que iremos passar por uma reavaliação necessária de nossa democracia. Nossas instituições vão muito mal e os partidos políticos - se é que ainda existem de fato -, tem apenas um papel legal. A desconfiança é presente. É latente.
O eleitor precisa ser mais respeitado. E, mais uma vez a despeito das críticas, a sociedade está atenta e faz suas correções quando sempre é convocada. As eleições foram tranquilas. O Brasil é a terceira maior democracia em números de votantes. Um país continental.
Veja os resultados do primeiro turno. Personagens da política tradicional foram substituídas. Novos atores emergiram com os protestos de rua que ocorreram desde 2013.
Quem perde precisa se reciclar e quem ganha tem a obrigação de estender as mãos e respeitar os perdedores. Uma sociedade é feita de interesses e de classes. A complexidade precisa ser entendida e respeitada.
Ouvi hoje de pessoas comuns as mais variadas e inteligentes observações. Posso atestar que o brasileiro está bem mais atento à política geral. Assim deve ser feito.