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- Contato Brasil, 04 de dezembro de 2024 05:21:54
A greve dos caminhoneiros despertou velhas queixas dos brasileiros já expressadas em grandes manifestações há quatro e três anos atrás. Naqueles protestos, que nasceram com o Movimento Passe Livre, em São Paulo, foi apresentada uma ampla pauta.
Corrupção, impeachment, críticas contra a indolência política do Congresso e contra o governo faziam parte das bandeiras levantadas em passeatas históricas. Delas surgiram organizações sociais como o MBL, que se notabiliza por um posicionamento de direita. E algumas dessas novas lideranças que surgiram das ruas estão hoje no tradicional sistema político-partidário.
A partir de quarta-feira (23), quando a paralisação dos caminhoneiros começou a ganhar corpo e os primeiros produtos começaram a faltar na ponta do consumo, as bandeiras verde e amarela voltaram às ruas. E neste final de domingo, a impressão é que a greve voltou a despertar as velhas queixas contra o sistema estabelecido, sendo o alvo principal o presidente Michel Temer (MDB).
Nesta nova manifestação das ruas, um novo componente se integra às antigas reivindicações. Trata-se da carga tributária que eleva os preços e a paciência. A questão não é pagar, mas os serviços prestados pelo Estado estão muito abaixo das expectativas. Pagariamos mais impostos que no período da Coroa Portuguesa.
E como aconteceu no passado recente, ideologias se misturam nos protestos, sendo o mais visível um viés de direita que pede a intervenção militar. É no Sul do Brasil que a onda é mais forte.
Por uma vingança contra Temer, a chamada esquerda - que tem como seu principal representante o PT -, é arrastada pelo evento provocado pelos caminhoneiros.
E novamente a classe política e os gestores de uma forma geral não percebe o ovo da serpente que está sendo chocado.
De Norte a Sul do Brasil, os gestores são letárgicos nas soluções. Chega uma hora que a paciência se esgota.
Diferente do que se observou nos últimos protestos, a população descontente parece querer pagar o preço da falta de produtos, da falta do pão e da gasolina escassa.
Está bem mais crítica e, sugere, que faz uma aposta no que vai dar tudo isso.