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- Contato Brasil, 04 de dezembro de 2024 16:05:24
É cada vez mais clara que a situação da candidatura do ex-presidente Lula da Silva está fazendo água. Os seus parceiros mais próximos já percebem que, no andar da carruagem, a transferência de votos para um aliado substituto fica mais remota. E a saída de Joaquim Barbosa da corrida presidencial abre novas dúvidas eleitorais.
Feito esta abertura, eis alguns fatos no cenário do Brasil presente.
01 – É espantoso a quantidade de investigações em torno da corrupção. Não há limites. De merenda escolar a fraude em passagens. É um absurdo do que ocorre nos governos, da União às prefeituras. É um quadro desanimador para o cidadão brasileiro. É tanta indignação que o jornalista Ricardo Boechat pediu pena de morte para os corruptos da merenda escolar.
02 – O Judiciário (especialmente o Supremo) continua pontuando o noticiário. De cada dez notícias na política, oito surgem a partir de decisões judiciais ou de manifestações do Ministério Público.
03 – O foro privilegiado ainda vai render muito “perrengue”. O ministro do STF, Dias Toffoli, propôs ampliar a restrição do foro privilegiado de julgamento para todas as autoridades do Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público. E vejam, até o senador Renan Calheiros (MDB-AL) elogiou. Esse político tem 11 inquéritos que tramitam no Supremo. Ele, como outros, acham que será mais fácil arquivar seus processos na primeira instância. Já ministro Ricardo Lewandowski terá que julgar se mantém o arquivamento de investigação de compra de sentença que envolve três integrantes do Superior Tribunal de Justiça.
04 – Se a articulação para as coligações para a Presidência da República estão complicadas, nos estados os políticos também encontram dificuldades para se entenderem. Em São Paulo, Márcio França é hoje um dos principais entraves a uma aliança nacional entre o PSB e o PDT de Ciro Gomes. No Distrito Federal, o quadro só ficará mais claro entre junho e julho, quando ocorrem as convenções partidárias.
05 - Comentário de Élio Gaspari: uma eventual colaboração de doleiros ainda é matéria de especulação, mas os antecedentes permitem supor que algumas virão. Youssef foi uma peça vital para a Lava Jato, e os irmãos Chebar fritaram Sérgio Cabral. O sinal mandado por Paulo Preto sugere que ele já não está a fim de ficar ferido na estrada.