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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 15/04/2017 10h59

    A aposta na falta da memória em 2018

    Políticos enrolados com a Lava Jato contam com o esquecimento do eleitor para continuar a mandar

    O grande desafio é saber o que vai acontecer com o eleitor em 2018/Arquivo/Primeira

    Os brasileiros começam a entender o tamanho da roubalheira alimentado por um sistema político corrupto. Pode-se dizer que ainda estamos em choque, pois as delações gravadas em vídeos e áudios expressam quase a totalidade da verdade. Sim, quase toda a verdade, porque ainda faltam ser reveladas outras delações de empresas e empreiteiras.

    Sabe-se agora que a Odebrecht patrocinava praticamente todos os partidos e, até sindicatos, índios... A empreiteira seria o fiel da balança nesse nosso modelo de democracia centrado no pagamento de favores, o verdadeiro toma-lá-dá-cá na estrutura de Estado.

    O turbilhão de informações que serão apuradas (assim se espera) pelo Judiciário demonstra como somos reféns de políticos que por décadas comandam nossa República. E como é importante definir mudanças estruturais, legais e de personagens nesse tabuleiro fétido.

    Neste momento, centenas de denunciados fazem as contas para as próximas eleições. O que passa na cabeça dessa gente é apenas voto. Não é o bem-estar da população.

    O troco nas urnas em outubro de 2018 seria o mais razoável. Infelizmente, essa matemática não é clara. O processo político é movido por uma engrenagem gigantesca e o que menos conta é o eleitor que, no final das contas, pouco se comove com a roubalheira.

    É com este detalhe, o do descaso e do esquecimento, que a classe política mais se aproveita. Soma os meses e conclui que o tempo é o senhor do esquecimento.

    A pergunta é se realmente essa máxima, que sempre prevaleceu nas eleições, vai se concretizar no próximo ano. Será que a falta de memória e consciência vai ajudar esse pessoal que botou a mão em nossos bolsos? Ou vamos continuar a ratificar um modelo podre e injusto?


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