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- Contato Brasil, 19 de abril de 2025 18:41:00
O tempo corre rápido para o governo congressista de Michel Temer (PMDB). Há um ano praticamente do início das eleições para deputados estaduais e federais, renovação de 2/3 do Senado Federal, para governador e para presidente da República, a base do governo olha o futuro com outro viés, o político-eleitoral.
Não bastasse a desagregação do grupo que “impichou” Dilma Rousseff (PT), a oposição comemora as pequenas vitórias. Uma delas foi o recuo em votar o projeto do ajuste fiscal por falta de quórum no plenário da Câmara. Outra vitória está sendo desenhada com a PEC da reforma Previdenciária.
Esta semana já terminou no Congresso. Nas duas próximas semanas os feriados que caem numa sexta-feira vão encurtar abril. E assim o tempo passa rápido. Para um presidente que disse ser “reformista”, os contratempos no Senado e na Câmara são um duro golpe. Para complicar, sua popularidade não melhora e o fardo da Lava Jato é bem pesado nestas circunstâncias.
Votar medidas duras contra o trabalhador é um ônus demasiado para a base, ainda mais num ano pré-eleitoral. Temer pode não ser candidato a qualquer cargo no ano que vem, mas seus companheiros querem salvar o traseiro com o voto popular.
Em abril do próximo ano, metade do seu ministério volta para o Congresso e quase a totalidade dos parlamentares estará mergulhada no projeto de reeleição. Com ministérios esvaziados e ocupado por técnicos, a submissão aos interesses do Palácio do Planalto estará infinitamente reduzido.
Algo pode mudar com a reforma política, mas isso é outra conversa.