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- Contato Brasil, 19 de abril de 2025 21:07:06
Bom, estamos a uma semana do final do ano. Período de relatórios das atividades do ano que termina e, naturalmente, desenhar no papel o que imaginamos para os próximos 365 anos.
É tempo de esperança. Sabemos que o futuro não será de dias fáceis, mas sempre é bom olharmos para o lado bom.
Apesar de toda a crise que enfrentamos e, em alguns casos poderá ficar pior, o nível de otimismo do brasileiro é um pouco melhor. Na metade de 2015, o baixo astral era enorme. Maior se comparado com o humor do brasileiro quando Collor de Mello sequestrou a poupança, há mais de 22 anos.
Em 2015 e 2016, a grande preocupação era com a economia. E será com 2017. Por isso se diz que 2017 será um ano que não terminou, assim como foi em 2016 e como no livro-reportagem de Zuenir Ventura. “1968 - O ano que não” terminou traz de volta um período crucial da história brasileira, "no qual se ergueriam lealdades e bandeiras que, às vezes um pouco desbotadas, ainda se encontram no cenário político".
E o cenário político dos últimos 730 dias colocou nas ruas milhares de cidadãos. No ano passado, 7 milhões de brasileiros foram às ruas num único dia. A maior manifestação de verde e amarelo de todos os tempos. A Operação Lava Jato no embalo. Um só coro contra a corrupção, que se refletiu nas eleições de outubro e deve influir também no pleito de 2018.
Em agosto de 2015, se antevia uma grave crise nos estados. De acordo com o site Contas Abertas, dentre os 23 estados que entregaram relatórios de gestão do primeiro quadrimestre ao Tesouro Nacional, a maioria já apresentava despesas com pessoal no “limite de risco” estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Neste ano, vimos a crise concreta e cruel no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Outros 14 estados tiveram dificuldades em pagar o 13ª. salário. E uma dezena corre contra o tempo para cortar despesas.
Terminou 2015 e a economia continuava não indo nada bem. Escrevi em dezembro daquele ano que os sinais da tempestade poderiam ser vistos antes mesmo das eleições de 2014. E as perspectivas de 2016 não seriam boas.
Logo no início de janeiro de 2016, observamos que 1% dos trabalhadores com carteira assinada perderiam seus empregos a cada mês. Hoje, são 12 milhões de trabalhadores sem carteira assinada - 23 milhões com emprego precário. Estudos do Ipea preveem que nesta área, infelizmente, a situação deve piorar.
Comentamos à época sobre a política: “Não há grande esperança. Fevereiro, após o Carnaval, promete agitar o Congresso Nacional e por extensão o Executivo e o Judiciário. Enfim, 2016 promete”.
E como sabemos que os problemas não terminam no próximo sábado, dia 31, podemos cravar: “Enfim, 2017 promete”.