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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 16/11/2016 10h16

    A crise da base com o projeto de Maia

    Disputa pela presidência da Câmara poderá influir nas votações e quem perde é o governo

    Maia é candidato declarado à presidência da Câmara/Arquivo/Agência Câmara

    A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados já contaminou a base do governo. O deputado Rodrigo Maia (Dem-RJ) quer se manter na presidência e usa um parecer do então advogado Luís Roberto Barroso para sustentar seu projeto de reeleição.

    Ocorre que os interesses de Maia se conflitam com outros pretendentes ao mesmo cargo. “Posso encomendar agora parecer de dez juristas, mas é um casuísmo”, garante o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), um dos líderes do centrão, e pré-candidato à presidência da Câmara.

    A Constituição diz que a Mesa Diretora da Câmara é eleita para um mandato de dois anos, mas “veda a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”

    E como sempre ocorre nas eleições para a Mesa Diretora, a disputa se dará por interesses do Palácio do Planalto. O presidente Michel Temer (PMDB) garante que o Executivo não se envolverá na disputa. É jogo de cena.

    Se não souber controlar os deputados da base, Maia terá dificuldades em manter a agenda de votações que, por coincidência, é definida em conjunto com Temer.

    O jogo tende a ficar muito mais tenso, porque o atual presidente da Câmara poderá perder o apoio de colegas que o levaram à eleição num embate acirrado e que provocou o segundo turno para o mandato tampão.

    O deputado Paulo Maluf (PP-SP) tem um conceito pejorativo de Maia. Para a velha raposa, o colega é simplesmente um “banana”. Refere-se a capacidade de controle do plenário que é muito distante do que acontecia com a presidência do ex-deputado Eduardo Cunha, que hoje escreve suas memórias no cárcere.


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