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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 31/05/2016 08h06

    A realidade atropela o mundo político

    Assim como os partidos, os políticos podem deixar de ser protagonistas

    Arquivo

    Já disse isso uma vez neste espaço. Os políticos estão completamente por fora da realidade. Acham que ainda é possível ajeitar as coisas da maneira que sempre fizeram.

    Assim como as agremiações partidárias perderam seu espaço como articuladores, os políticos também estão sujeitos a perder o bonde da história.

    O mundo está se transformando rapidamente e é bem possível que novos personagens e entidades apareçam como protagonistas. Ou já estão ocupando progressivamente este espaço deixado pela inércia política.

    O mundo do faz de conta do Parlamento e dos governos construídos para atender a esta casta pode estar com os dias contados.

    Embora tenham participado de alguma forma das manifestações recentes, a classe política tropeça diante da realidade.

    Milhares de pessoas foram às ruas nos últimos dois anos. Registramos uma extraordinária multidão que pedia o impeachment de Dilma. E, muito mais que isso a moralidade pública.

    Há uma manifestação diária nas redes sociais e pelo bem ou pelo mau, pessoas são capazes de enfrentar o sistema para denunciar, recriminar ou pedir mudanças profundas nas regras do jogo.

    Mas com tudo isso, nossos governantes e parlamentares vivem no mundo da lua.

    As eleições municipais de outubro tem tudo para mostrar que os tempos são outros. Corre-se o risco de um protesto único na História política no Brasil, quando os eleitores poderão rejeitar maciçamente o escrutínio e o candidato.

    As manifestações dos últimos 24 meses podem definir um novo parâmetro para a política, com consequências surpreendentes.

    Mas como os políticos vivem em mundo paralelo, talvez nem isso ainda os faça mudar e mudar o sistema que cai de podre.


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