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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 23/05/2016 09h18

    A tática de reduzir tudo a cinzas

    Jovens são ponta de lanças na tarefa de combate de ruas

    A presidente afastada Dilma Rousseff discursou na convenção dos blogueiros amigos e patrocinados pela Caixa. No sábado à noite Dilma voltou a insistir que foi vítima de golpe, enquanto a plateia aplaudia frenética.

    A aparição de Dilma foi uma tática de insistir no ataque a Michel Temer, e faz parte de um programa de mobilização que envolve especialmente os jovens. Foi assim no “enterro simbólico da Constituição” na USP, na última quinta-feira.

    E mais uma vez os jovens foram empregados na manifestação deste domingo à noite, nas proximidades da casa do presidente interino, Michel Temer.

    A tática da mobilização deverá ser empregada nos próximos meses, inclusive com a interrupção de estradas e invasões (como queiram, ocupações) de propriedades e repartições federais.

    Nesta ação, o MST é o ponta-de-lança. Este tipo de emprego é discutível, pois cria mais críticas e animosidades do que o apoio e compreensão da população.

    Agora, o discurso não é apenas o “golpe”, mas também o ataque às medidas anunciadas pelo governo interino.

    Para o discurso da atual oposição, tudo é ilegítimo. Não interessa a boa ou má intenção. Nada serve, tudo é ilegal, tudo pode ser jogado no lixo.

    E tão pouco importa o caos da administração federal, os crimes praticados, o aparelhamento partidário da máquina pública, a incompetência, ou os desvios bilionários e monumentais.

    A outra frente é o uso das redes sociais como ferramenta de disseminação que, em muitos casos, se aproxima da intolerância e da apologia à violência. Nesta área, estão sendo usados diferentes mecanismos e, claro, ainda do que resta (e muito) dos recursos materiais e humanos neste trabalho.

    E a quarta estratégia é reagrupar as forças petistas e comunistas no Congresso Nacional.

    Bombardear na tribuna qualquer movimento do adversário, reduzindo a um discurso único a “golpe”, a “ilegalidade” e a “desonestidade”. Todavia, é importante ressaltar, a maioria dos personagens - hoje atacados -, constituíam a base de sustentação dos quatro governos Lula e Dilma.

    Como se vê, muito barulho haverá. As cartas estão sendo jogadas.

    No perde ou ganha, infelizmente, pouco se leva realmente os interesses da população. Ou pouco importa a verdade.

    (A foto é do Ceert)


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