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- Contato Brasil, 20 de abril de 2025 06:41:38
Estamos a um dia da votação (previsto para esta quarta-feira) da admissibilidade do processo de impeachment movido contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT). A análise poderá ser decidida no mesmo dia, de acordo com o próprio presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Cada senador vai ter 10 minutos para discutir e mais cinco minutos para encaminhar. Se 60 falarem (como está previsto), a sessão vai durar 10 horas. Vai começar às 9 horas, com duas interrupções – uma ao meio dia e outra às 18 horas.
Para a aprovação basta maioria simples, ou seja, 41 senadores. Pelas minhas contas, o parecer do relator Antônio Anastasia (PSDB-MG) deverá ter até 57 votos favoráveis, contra 23. O presidente do Senado, Renan Calheiros não votará.
O perfil da atual composição do Senado é muito interessante. Com dados da ONG Transparência Brasil, a BBC fez uma análise do conjunto de senadores. Dos 81, há 11 suplentes no exercício do cargo, ou seja, 13,5% estão na Câmara Alta sem ter recebido um único voto.
Quase a metade (58%) está citada em contas suspeitas ou irregulares em Tribunais de Contas ou em crimes a serem julgados pela Justiça. Há 30% de ruralistas, 23,5% são donos de rádios ou televisão e 11% se declaram ou defendem bandeiras sindicalistas.
E dos 81 membros, 80% são homens brancos – há seis negros e 11 mulheres, com idade média de 60.5 anos.
As maiores bancadas estão assim distribuídas – PMDB, 10 senadores; PT, 9; PSDB, 6 e PP, 5.
Se o parecer for pela admissibilidade, o processo contra a presidenta é instaurado e Dilma será notificada e afastada do cargo por 180 dias. O vice-presidente Michel Temer assume o governo. Se o parecer da comissão pela admissibilidade for rejeitado no plenário, a denúncia contra a presidenta será arquivada.