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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 05/05/2016 14h58

    Partidos e políticos atropelados pela realidade

    Novos métodos precisam ser adotados com novos atores

    A República vive momentos contraditórios, difíceis, espetaculares e imprevisíveis. Ao contrário do que muita gente pensa - a maioria políticos age dessa forma - a população acompanha bem de perto os acontecimentos.

    Seja com a bandeira vermelha ou vestida de verde e amarelo, há uma manifestação constante da população nas ruas, nas redes sociais e na Imprensa. Há um espírito de indignação, de mudança.

    Novos métodos se fazem necessários. A prática política precisa ser modernizada. Há necessidade de novos atores.

    A classe política parece que não enxerga. Não verbaliza e não consegue acompanhar os acontecimentos por uma questão bem simples.

    Está moldada em velhos conceitos e modelos. Está contaminada por uma receita ultrapassada. Nem mesmo os partidos ditos de esquerda conseguem ter outro padrão de comportamento. Se reproduz discursos ultrapassados

    E olha que há mais de 30 partidos regularizados. Então chegamos a conclusão de que quantidade não é qualidade.

    O analista político Jean-Jacques Kourliandsky, especialista em América Latina do conceituado Instituto de Pesquisas Internacionais e Estratégicas (Iris) da França, é claro ao fazer uma avaliação da esquerda na América Latina.

    Em entrevista à BBC ontem, Kourliandsky, disse que a esquerda que passou a governar países como Brasil, Venezuela, Chile, Argentina e México nos anos 2000 "não soube criar projetos de crescimento alternativos para que as economias não dependessem apenas dos recursos de matérias-primas".

    Já foi dito aqui neste espaço que as velhas raposas e travestidas de roupagem contemporânea precisam ser extirpadas da vida política. A questão é urgente.

    O mundo da política está sendo atropelado pela realidade das ruas, pelos novos pensamentos, por uma nova ordem que nasce de desejos reais, legítimos.

    Como disse Kourliandsky, "esse modo de funcionamento favorece a cultura do toma lá, dá cá. Isso, associado ao financiamento privado de partidos, é uma porta aberta para as irregularidades"


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