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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 15/04/2016 09h24

    Domingo marca a História política do Brasil

    Se o impeachment será bom ou ruim, só o tempo dirá.

    O Palácio do Planalto e seus aliados perderam a primeira peça do tabuleiro de xadrez nesta sexta-feira. O Supremo Tribunal Federal garantiu a continuidade do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, assim como as regras e ritos da votação prevista para este domingo (17) na Câmara dos Deputados.

    As tentativas de barrar o impeachment mostram como a questão virou um caldeirão de interesses. De um lado, acusações contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) [o malvado favorito do ex-deputado Roberto Jeferson]. De outro, a presidente Dilma acusada de atropelar a Lei de Responsabilidade Fiscal e de ser complacente com a roubalheira geral e irrestrita na República.

    A fervura do caldeirão é ainda pior quando se olha os índices nada animadores da economia. Desemprego em alta (cerca de 10 milhões de trabalhadores), crise na indústria (fechamento de milhares de fábricas), produção em queda e redução na arrecadação de impostos. No supermercado, preços cada vez maiores e produtos que desaparecem das prateleiras.

    A consequência é uma presidente impopular (algo em torno de 90% de desaprovação) e um governo fraco - já sem forças para apontar e conduzir saídas e oportunidades para o desenvolvimento.

    O tsunami que atinge Dilma leva de roldão o seu partido, o PT, que ainda tem forças para gritar contra o “golpe”. A crise política tem como maior vítima a presidente, mas tem reflexos em toda a República.

    Não é só culpa da presidente, porque os políticos que comandam esse país são fichas sujas, como o maior expoente da atualidade, Lula da Silva. A verdade é que o sistema político e seus pilares estão podres.

    A votação de domingo pode ser o primeiro passo para o afastamento da presidente nos próximos 180 dias. Ela pode ser afastada já em maio, caso passar a admissibilidade do impedimento na Câmara e depois com a aceitação pelo Senado, que passará a instruir o processo.

    A partir de domingo as previsões são incertas. Ninguém é capaz de prever um futuro. Até mesmo a possível posse do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), é um ponto ainda a ser levado em consideração.

    Há quatro processos tramitando no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que podem cassar a chapa das eleições presidenciais de 2010. A Espada de Dômacles paira sobre o pescoço de Dilma e de Michel.

    E há outro fator que precisa ser levado em consideração: o humor do eleitor. Há poucos dias, quase 7 milhões de pessoas foram às ruas por motivos variados. E outras seguiram com suas bandeiras vermelhas sob a justificativa da preservação da democracia, mas no fundo para proteger o Lulapetismo.

    O Brasil carece de reformas urgentes. Começa pela política, vai pela tributária e por ai a fora. Sem esquecermos de um combate incansável contra a corrupção, que desvia dinheiro da saúde, da segurança, da educação e do investimento. 

    Se o impeachment será bom ou ruim, só o tempo dirá.


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